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Ferramentas de Inteligência Artificial (IA) já fazem parte do cotidiano escolar ou até pessoal | Pressfoto/Freepik
O uso de celulares pelas crianças e adolescentes se tornou um cenário comum, com muitos pequenos e jovens passando muito tempo online, afinal, para eles, a internet sempre existiu, oferecendo possibilidades infinitas de informação e interação.
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Além disso, ferramentas de Inteligência Artificial (IA) já fazem parte do cotidiano escolar ou até pessoal, seja para pesquisas rápidas, produção de textos ou realização de tarefas.
Contudo, especialistas apontam que este potencial digital pode não ser tão positivo quanto se imagina, podendo se transformar em distração, ansiedade ou obstáculo ao desenvolvimento acadêmico.
Escolas em diversos estados do Brasil passaram a restringir o uso de celulares em sala de aula para recuperar a atenção dos alunos. Uma pesquisa da Agência Brasil, realizada em 2024, aponta que 86% da população apoia algum tipo de limitação: 54% defendem a proibição total, enquanto 32% aceitam o uso apenas com objetivos pedagógicos.
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Para Victor Cornetta, especialista em desenvolvimento estudantil e fundador da Kaizen Mentoria, é fundamental que o aluno compreenda o propósito do estudo.
"Quando ele entende por que está aprendendo e quais competências está desenvolvendo, como disciplina, consistência, raciocínio lógico e resiliência, passa a respeitar horários e aplicar técnicas corretas, aproveitando melhor o aprendizado", explicou.
O especialista fez uma analogia ao uso da IA com a calculadora na matemática.
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"A calculadora facilita operações, mas o aluno precisa aprender a fazer os cálculos sozinho. Da mesma forma, a IA ajuda em tarefas e pesquisas, mas não deve substituir o esforço intelectual. O que importa é o desenvolvimento da habilidade, não apenas o resultado imediato", ressaltou Cornetta.
Estabelecer limites de tempo para smartphones, tablets e videogames ajuda a preservar o foco nos estudos e no descanso.
Ser exemplo também é essencial, conforme ressaltado pelo próprio especialista.
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"Não adianta pedir que o filho largue o celular se os pais passam as refeições olhando para a tela. Os filhos se espelham nos adultos", comentou o especialista. Esse cuidado deve se estender também ao uso massivo de redes sociais.
Outra medida indispensável, ainda segundo Cornetta, é a conscientização sobre riscos online, como pornografia e interações perigosas, que têm ganhado destaque na mídia, como o recente episódio do influenciador Hytalo Santos, acusado de crimes contra menores.
Para o esprcialista, o ponto crucial é reconhecer conquistas que vão além do ambiente acadêmico. Ao valorizar esforços em esportes, hobbies e pequenas atitudes do dia a dia, os pais mostram que o valor do jovem não se resume às notas. Criar momentos offline em família fortalece vínculos e reduz a dependência tecnológica.
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Com ações simples, mas consistentes, é possível construir um ambiente em que as novas inovações contribuam para o crescimento pessoal e acadêmico, enquanto os vínculos familiares se fortalecem e a autonomia do estudante se desenvolve de forma segura e equilibrada.
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