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Pulmões começam a se recuperar logo após o último cigarro, mas a regeneração completa depende de vários fatores | Foto: Reprodução/YouTube
De todas as boas decisões que alguém pode tomar em prol da saúde, parar de fumar é uma delas. O organismo como um todo se beneficia dessa decisão – especialmente os pulmões, que são diretamente impactados por cada trago de cigarro, são os primeiros a se valer do fim desse vício.
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Por mais que o alívio para os pulmões seja imediato, o dr. Drauzio Varella lembra que reverter a herança deixada pelo cigarro leva muito tempo.
O pulmão é um órgão muito resiliente e começa a se curar do fumo em questão de dias. Segundo pesquisas, dentro de algumas horas sem receber fumaça e toxinas, o pulmão é capaz de começar a se recuperar.
Mas o pulmão de um ex-fumante pode se regenerar? Isso vai depender do tempo de tabagismo e do grau das lesões que podem ter atingido os pulmões. Quanto mais tempo o indivíduo foi fumante, pior é o caso dele.
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O hábito de fumar paralisa e, com o tempo, destrói parte das mucosas dos pulmões – crucial na proteção do sistema respiratório, retendo irritantes e ajudando a eliminar partículas estranhas, como poeira, bactérias e vírus – e aumenta a probabilidade de infecção.
Os problemas mais comuns são o desenvolvimento de bronquite, bronquiolite e enfisema – além do câncer. A bronquite, que é a inflamação das vias aéreas mais centrais, e a bronquiolite, inflamação das pequenas vias aéreas.
Fumar é um gatilho tão forte para o corpo que sua suspensão traz benefícios imediatos para os pulmões: dois dias depois de parar de fumar, o corpo está completamente livre de nicotina e de monóxido de carbono.
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E os nervos, responsáveis por olfato e paladar, se reavivam, fazendo a comida ficar mais saborosa, por exemplo.
Pouco tempo depois, novas melhorias: em um estudo publicado há alguns anos na revista médica "Respirology", especialistas já notavam que 15 dias depois de cessado o tabagismo, os cílios e flagelos recuperavam suas funções.
Isso explica, por exemplo, por que boa parte dos ex-fumantes para de tossir e de sentir pigarro já nos primeiros dias depois de parar de fumar.
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Após uma semana sem fumar, o pulmão irritado já consegue diminuir o número de células produtoras de muco, desbloqueando a passagem de ar e regulando a quantidade de saliva produzida, por exemplo.
Com aproximadamente três meses sem tabaco, os seios da face estarão mais limpos e respirar é claramente mais fácil. Esse, porém, é um momento crucial do processo, quando muitas pessoas param definitivamente e outras passam pela tentação de voltar.
Para os resilientes, vai valer a pena: com um ano sem cigarro, o risco de ter uma doença cardíaca já reduz bastante. Outra boa notícia: após 5 anos, a probabilidade de sofrer um derrame é tão baixa quanto a de um não-fumante.
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A má notícia? Em casos mais graves, os pulmões não conseguem se recuperar totalmente. O enfisema, que é a destruição dos alvéolos, é irreversível, por exemplo.
O cigarro também pode induzir o aparecimento de câncer no pulmão, bexiga, boca, esôfago, estômago e outros tipos até 10 a 15 anos depois que uma pessoa parou de fumar.
Passado por todo esse tempo, mais de uma década depois do último cigarro, é que um ex-fumante volta a ter a saúde comparada à de outra pessoa qualquer. Daí a suspensão do tabaco ser aquele desafio que nunca deveria ter sido necessário.
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