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Ouvir áudios acelerados no WhatsApp de forma exagerada todos os dias podem atrapalhar em tarefas cotidianos | Depositphotos
Lançada em maio de 2021, uma ferramenta do WhatsApp, um dos aplicativos de mensagens mais usados no mundo, tornou mais prática a vida dos usuários: a função de acelerar os áudios.
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Porém, este uso repetidas vezes pode fazer mal para a saúde. É o que garantem psicólogos e pesquisadores, que afirmam que pessoas expostas frequentemente a estímulos frenéticos podem desenvolver dificuldade em reter informações e se concentrar.
Outra função adicionada no WhatsApp foi a da Meta AI, inteligência artificial que ajuda os usuários com dúvidas do cotidiano.
Com o crescimento do consumo de conteúdo online, além do WhatsApp, outras plataformas também investiram neste tipo de ferramenta, que permite consumir vídeos e áudios acelerados, em 1.5x ou 2x, visando a otimização do tempo.
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Aprenda também a utilizar a nova função "favoritos" no aplicativo do WhatsApp.
Um relatório da We Are Social apontou que exitem 144 milhões de contas de brasileiros em redes sociais, o que mostra que os smartphones já fazem parte do dia a dia do País.
Esse hábito, porém, pode ter consequências negativas para a saúde.
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Uma das dificuldades causadas pelo uso excessivo da aceleração de áudios é a dificuldade de concentração em tarefas do cotidiano.
"É como se você desenvolvesse, com a passagem do tempo, uma incapacidade de se aprofundar nos temas. Não é necessariamente que você fica ansioso, mas você não sabe mais o que fazer com uma informação que demora um pouco. Tem que associar, mas você perdeu a habilidade de associar", explicou o psicólogo Cristiano Nabuco em entrevista à TV Brasil.
Para tarefas do cotidiano, a velocidade mental pode acabar comprometida, com a pessoa mais lenta ou acelerada para fazer coisas que até então eram simples.
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A concentração também é afetada, visto que a velocidade das situações na realidade não é a mesma de um áudio acelerado.
Segundo o psicólogo Carlos Manoel Rodrigues, professor de Psicologia do CEUB, em entrevista ao portal O Tempo, existem efeitos negativos que podem acontecer a partir da utilização excessiva destes recursos tecnológicos.
Eles podem afetar desde a capacidade de concentração até a sensação de fadiga mental.
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Segundo a explicação, quando as informações são consumidas em uma velocidade acelerada, o cérebro é treinado para processar informações rapidamente, e isso pode, com o tempo, afetar a capacidade de concentração e atenção em tarefas que requerem um ritmo mais lento.
"Para adultos e crianças, esse hábito pode dificultar a habilidade de se concentrar em atividades que demandam um processamento mais detalhado ou reflexivo, já que o cérebro pode se acostumar a um ritmo mais acelerado de estímulos", alertou.
Além disso, o especialista também ressaltou que uma sensação de irritação sentida por quem recebe um áudio em aplicativos de conversa, como o WhatsApp, pode indicar uma expectativa de urgência e ritmo acelerado criada pelo consumo frequente de conteúdos em alta velocidade.
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Outros estudos complementares apontam que a antecipação de respostas rápidas em mensagens instantâneas pode aumentar a excitação fisiológica e gerar frustração ou impaciência.
"Essa reação pode ser ampliada quando estamos constantemente expostos a um ambiente de alta velocidade, criando uma sensação de urgência contínua e levando à irritabilidade quando as interações no mundo real ou digital não correspondem a essas expectativas aceleradas", considerou.
Em uma pesquisa do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, foi apontado que 31,6% dos jovens, entre 18 e 24 anos, já receberam diagnóstico de ansiedade.
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Não só a aceleração do áudio, como outros usos excessivos de internet e seus recursos alertam para sinais negativos.
Sensação de angústia simplesmente pelo fato de estar com a bateria acabando ou sentir uma energia renovada com uma conexão à internet são alguns destes sinais.
Portanto, essa ferramenta de aceleração de áudios acabou contribuindo para o maior uso de áudios, e o maior tempo gasto com o celular.
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Alguns sintomas podem acender um sinal de alerta e indicar que as pessoas precisam de desacelerar.
Alguns deles são:
Carlos Manoel Rodrigue afirmou que a pessoa deve buscar atendimento quando notar que o hábito de consumir conteúdos acelerados está impactando negativamente sua vida diária e bem-estar emocional.
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"Psicólogos podem oferecer estratégias e técnicas para ajudar a regular o consumo de informações e melhorar a qualidade da saúde mental", concluiu.
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