A+

A-

Alternar Contraste

Terça, 17 Junho 2025

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta Gazeta Mais Seta

Estilo de Vida

Jovens estão perdendo habilidade que a humanidade possui há 5 mil anos, alertam cientistas

Por que a geração Z considera a escrita manual algo obsoleto

Marcos Ferreira

17/06/2025 às 15:14

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
A escrita cursiva é responsável por grande parte do desenvolvimento cognitivo humano

A escrita cursiva é responsável por grande parte do desenvolvimento cognitivo humano | Arquivo/EBC

A palavra-chave “geração Z” tem sido cada vez mais associada a mudanças drásticas nos hábitos de comunicação.

Continua depois da publicidade

Segundo dados divulgados pelo portal Terra, aproximadamente 40% dos jovens dessa geração não possuem fluência na escrita cursiva, uma habilidade que atravessa milênios e desempenha papel fundamental no desenvolvimento humano.

Esse fenômeno é resultado direto da evolução tecnológica e da crescente dependência dos meios digitais. À medida que os jovens priorizam teclados, mensagens rápidas e comunicação instantânea, práticas como escrever à mão, especialmente em letra cursiva, vêm se tornando cada vez mais raras e, para muitos, até obsoletas.

Escrita manual: uma perda que vai além do papel

A escrita cursiva é muito mais do que um traçado bonito no papel. Ela é uma ferramenta que ativa áreas do cérebro responsáveis pela memória, pela organização do pensamento e pela criatividade. Estudos demonstram que escrever à mão melhora significativamente a capacidade de absorver e processar informações.

Continua depois da publicidade

Ao perder essa prática, a geração Z não apenas abre mão de um saber cultural, mas também prejudica seu próprio desenvolvimento cognitivo. A escrita manual exige concentração, coordenação motora e disciplina — elementos fundamentais para o aprendizado.

A cultura digital e seus impactos na escrita

Desde muito cedo, os jovens da geração Z estão inseridos em ambientes digitais. O tempo dedicado a celulares, redes sociais e aplicativos acaba reduzindo drasticamente o contato com atividades manuais, como a escrita cursiva.

Essa realidade contribui para a formação de indivíduos com menos paciência para tarefas que exigem processos lentos e contínuos, além de diminuir a capacidade de foco e de desenvolvimento de pensamento estruturado, algo que a escrita manual naturalmente favorece.

Continua depois da publicidade

Desafios na educação moderna

Dentro das salas de aula, o reflexo desse cenário é claro. Muitos alunos têm dificuldade em realizar atividades que envolvam escrita cursiva, e até mesmo em ler textos feitos por gerações anteriores. Isso representa um grande obstáculo para professores, que precisam adaptar suas metodologias sem abrir mão de competências essenciais.

Educadores defendem que, embora seja fundamental acompanhar as transformações tecnológicas, é igualmente necessário resgatar práticas que desenvolvam a cognição e a capacidade de expressão dos estudantes.

Uma ponte entre passado e futuro

Perder a escrita cursiva não significa apenas abrir mão de uma habilidade, mas também romper uma conexão com a própria história. A capacidade de ler e escrever manuscritos permite que gerações atuais compreendam documentos antigos, cartas, registros e até diários que fazem parte da memória coletiva.

Continua depois da publicidade

Manter viva essa prática não é um ato de resistência ao digital, mas uma maneira de garantir que, mesmo em um mundo altamente tecnológico, aspectos fundamentais do desenvolvimento humano, como memória, foco e organização, sejam preservados.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados