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A influência das redes sociais na validação das novas formas de se relacionar | Freepik
Com a digitalização da vida cotidiana, os vínculos afetivos também passaram por mudanças profundas, principalmente entre os integrantes da geração Z.
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Com uma visão mais prática sobre questões amorosas e sexuais, muitos desses jovens optam por se relacionar de maneiras que não seguem os padrões convencionais de compromisso.
É nesse cenário que ganha força o termo "situationship", usado para descrever conexões que se situam entre a amizade e o namoro, sem definições rígidas ou planos explícitos para o futuro.
Esse fenômeno traduz uma transformação cultural marcante, em que o desejo por segurança pessoal, estabilidade profissional e equilíbrio emocional se torna mais importante do que oficializar um relacionamento.
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Para boa parte da geração Z, essas relações oferecem um espaço para viver experiências afetivas sem abrir mão de seus projetos individuais, o que dialoga melhor com a complexidade do mundo atual.
"Situationship" é a expressão usada para nomear relacionamentos sem compromisso fixo, nos quais duas pessoas compartilham intimidade emocional e/ou sexual sem estabelecer vínculos formais.
Tais relações se destacam justamente pela ausência de exigências quanto ao futuro, permitindo que os envolvidos convivam sem as pressões sociais ligadas ao namoro tradicional.
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Esse tipo de vínculo tem se tornado comum entre os mais jovens, principalmente entre os da geração Z, que prezam por independência e liberdade nas relações.
A flexibilidade oferecida pelas "situações" possibilita que os indivíduos atendam suas demandas afetivas de maneira mais compatível com seus ritmos e prioridades.
Criada em um contexto de instabilidade econômica, transformação digital acelerada e mudanças constantes, a geração Z desenvolveu uma visão mais prudente sobre relacionamentos.
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Muitos veem os compromissos tradicionais como limitantes ou desalinhados com suas metas pessoais e profissionais.
Somado a isso, o foco no autoconhecimento e na valorização da própria trajetória faz com que os jovens priorizem seu crescimento individual antes de entrarem em relações duradouras.
A "situationship" surge como uma alternativa viável, que possibilita envolvimento emocional e sexual sem abrir mão da autonomia e dos próprios planos.
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Apesar da liberdade que proporciona, a "situationship" também pode trazer complicações.
A ausência de clareza quanto ao que se espera da relação pode gerar conflitos, especialmente quando os desejos das partes não estão alinhados.
Situações de frustração e dúvida são comuns quando um quer aprofundar o vínculo e o outro prefere manter a leveza da informalidade.
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Para evitar esse tipo de impasse, o diálogo sincero e constante se mostra essencial.
Definir limites e alinhar expectativas desde o início pode prevenir mal-entendidos e tornar a experiência mais saudável para ambos os envolvidos.
As plataformas digitais têm papel central na popularização das "situationships".
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Redes como TikTok e X (antigo Twitter) tornaram-se espaços para compartilhar vivências e debater esse modelo de relação, promovendo identificação e troca entre jovens de diferentes contextos.
Essa visibilidade ajuda a consolidar a ideia de que a "situationship" é uma forma legítima de se relacionar.
Ao perceberem que não estão sozinhos nessa escolha, muitos jovens se sentem mais seguros para adotar esse modelo, moldando-o conforme suas necessidades emocionais e sociais.
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