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Vídeos em velocidade 2x estão reestruturando o seu cérebro; especialistas explicam

Pesquisadores indicam um déficit de atenção principalmente para idades diferentes

Leonardo Siqueira

08/07/2025 às 16:22

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Consumir vídeo em velocidade "normal" é mais agradável para o cérebro, revela pesquisa londrina

Consumir vídeo em velocidade "normal" é mais agradável para o cérebro, revela pesquisa londrina | Imagem feita por IA

Algumas pessoas estão acostumadas a ver um vídeo (no TikTok ou Youtube) em velocidade aumentada. Isso permite com que o cérebro assimile mais informação em um tempo mais curto. 

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Porém, a prática tem alguns efeitos no corpo humano. Uma equipe de pesquisadores londrinos se propôs a descobrir como a mente é afetada. 

Menor retenção 

O grupo examinou 24 estudos que tinham como método dividir os participantes em dois grupos, um que via conteúdos em velocidade normal e outro no qual os vídeos eram apresentados em 1.25x, 1.5x, 2x e 2.5x. 

Em seguida, os dois grupos fizeram testes para avaliar o quão bem eles retiveram as informações do conteúdo.

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Houve pouca diferença entre a retenção de memória em um vídeo em velocidade normal para 1.5x. Porém, a partir de 2x o cérebro começou a ser afetado

“As informações recebidas são armazenadas temporariamente em um sistema de memória chamado memória de trabalho”, escreveu Marcus Pearce, que pesquisa ciência cognitiva na Queen Mary University de Londres, ao The Conversation sobre o estudo.

Ele observou que a memória de trabalho consegue processar uma certa quantidade de informação por vez. Se essa quantidade é ultrapassada (no caso de vídeos rápidos), pode acontecer uma sobrecarga cognitiva e perda de informação. 

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Pearce explica como o cérebro armazena o conteúdo: “Pedaços de informação são transformados, combinados e manipulados em um formato pronto para transferência para a memória de longo prazo”

Ainda sim, as descobertas publicadas na revista Educational Psychology Review dão uma notícia que pode animar os visualizadores de 1.25x e 1.5X: essas velocidades podem ser mantidas para conteúdos complexos e desconhecidos.

Isso porque o cérebro ainda consegue armazenar informação. A mudança é pequena em relação  à velocidade normal. 

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Idosos

Adultos de 61 a 94 anos foram mais afetados pelas velocidades rápidas de visualização do que jovens de 18 a 36 anos. 

Em 2023, pesquisadores do departamento de psicologia da Universidade da Califórnia (UCLA) descobriram que em adultos mais velhos (mais de 60 anos) ocorre uma queda de compreensão de 31% já na velocidade 1.5x.

Diferente dos mais jovens, que conseguem manter a atenção em 90% quando estão vendo um vídeo de até 2x. 

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O que eles não descobriram ainda é o fator determinante: prática ou idade. Ou seja, a diferença se deve por conta de os jovens terem maior flexibilidade por estarem habituados, ou se isso acontece porque ao atingir uma certa idade o desempenho cai. 

Mesmo assim, os estudos indicam que cérebros novos (até 36 anos) são mais adaptáveis e por isso o hábito pode ser uma resposta mais promissora. 

De qualquer forma, assistir um conteúdo em velocidade aumentada afeta o cérebro humano. Mesmo assim, grandes empresas estão se adaptando a essa vontade. Durante a pandemia, a Netflix passou a permitir que os seus clientes assistissem filmes em 1.5x.
 

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