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Na cidade portuguesa de Elvas, houve uma cerimônia para marcar a reabertura da fronteira entre Portugal e Espanha | /ARMANDO FRANCA/ASSOCIATED PRESS
Nesta quinta-feira (2), a diretora da ECDC (agência europeia para o controle de doenças), Andrea Ammon disse que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na Europa está ‘longe de terminar’. Segundo a agência, ainda há transmissão comunitária na maioria dos países do continente europeu e alguns passam por "grandes surtos localizados". Além disso, existe a preocupação que a transmissão do vírus saia de controle após a reabertura das fronteiras.
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As fronteiras foram reabertas nesta quarta-feira (1º). Na cidade portuguesa de Elvas, houve uma cerimônia para marcar a reabertura entre Portugal e Espanha. A diretora da agência, no entanto, aconselha que os países devem fortalecer seus sistemas de monitoramento, com testes amplos, rastreamento de contatos e isolamento.
"Os virologistas não estão encantados com a abertura das fronteiras europeias. É um perigo. A situação pode mudar da noite para o dia em qualquer país", disse à mídia belga o principal virologista do país, Marc Van Ranst, nesta semana.
Segundo os números publicados pela ECDC, nos 14 dias encerrados no dia 1º de julho o número de novos casos por 100 mil habitantes cresceu em 16 países da União Europeia, quando comparado com as duas semanas anteriores.
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A taxa é crescente na Alemanha, Áustria, Bulgária, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, França, Grécia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Polônia, Portugal, República Tcheca, Romênia. Desses, cinco países tiveram também um número de casos acima da média da UE na quinzena: Bulgária, Luxemburgo, Romênia, Portugal e Suécia. Os dois últimos estão entre os países com transmissão ativa acompanhados pelo Imperial College e a taxa de contágio calculada para esta semana ficou acima de 1, o que significa que a transmissão está se acelerando.
Segundo a ECDC, alguns aumentos não revelam necessariamente problemas, como os causados pela forma de apuração (por exemplo, aumento de testes, mudanças de metodologia), na definição de casos, ou os de países de população pequena, em que poucos novos casos podem ter peso maior.
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A agência vê risco moderado para a população em geral nos países em que os casos crescem por causa da retomada de atividade com relaxamento das medidas de precaução, ou por importação de casos (com a abertura de fronteiras). Segundo a ECDC, há "probabilidade muito alta de infecção e baixo impacto da doença", o que resulta no risco moderado.
Já para populações vulneráveis o risco foi considerado elevado: probabilidade muito alta de infecção e impacto muito alto da doença.
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