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Juiz cassa mandatos do prefeito e do vice de São Caetano

Decisão é em caráter liminar e ambos continuam nos cargos; investigação aponta capitação ilícita de recursos em campanha

Matheus Herbert

Publicado em 10/04/2019 às 01:00

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Prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Júnior (PSDB) é cassado, mas continua no cargo / / Reprodução Facebook

O prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Júnior e o seu vice Beto Vidoski ambos do PSDB tiveram seus mandatos cassados pela Justiça Eleitoral. A decisão é em caráter liminar e ambos continuam nos cargos até o julgamento do recurso, que ainda não tem data para acontecer. A cassação seria por uma suposta captação e gastos ilícitos de recursos na campanha eleitoral do ano de 2016.

O juiz Pedro Corrêa Liao também condenou os dois a devolver ao tesouro nacional R$ 350 mil recebidos indevidamente. Segundo o Ministério Público, é o mesmo valor que uma única doadora fez à campanha, sem ter capacidade financeira para tal.

Para o juiz, o prefeito e o vice participaram de um esquema criminoso que se utilizou de terceiro para ludibriar a origem das doações.

Na segunda-feira, em entrevista ao SP2 da rede "Globo", a defesa dos políticos disseram que não tiveram acesso ao processo e que apresentaram os recursos no prazo legal.

INVESTIGAÇÃO.

Segundo a Procuradoria, as investigações tiveram início em maio do ano de 2017. O esquema consistia no uso de diversas pessoas físicas para camuflar a origem dos recursos que financiaram a campanha à prefeitura de São Caetano do Sul e que abasteceram o caixa do diretório local do PSDB no mesmo período.

Entre os laranjas, havia uma pessoa que não tinha condições financeiras de realizar doações milionárias, além de pessoa hospitalizada.

A principal conta bancária utilizada foi a de uma pensionista do INSS pela qual circulou cerca de R$ 1,4 milhão, dinheiro que abasteceu direta ou indiretamente a campanha eleitoral e o partido.

Uma tradicional galeria de artes localizada no bairro dos Jardins, região nobre de São Paulo, depositou mais de
R$ 500 mil na conta da
mulher. (GSP)

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