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Violência nas escolas revela abandono

Uma das medidas que precisam ser adotadas em São Paulo é a adoção ao modelo de escolas cívico-militares

Bruno Hoffmann

25/06/2020 às 01:00  atualizado em 25/06/2020 às 11:10

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- | Gazeta de S.Paulo

Quando os pais mandam seus filhos para a escola, esperam que, além de um ensino de qualidade, os jovens estejam em um ambiente seguro, adequado à sua idade e livre da violência. Essa é a teoria. Na prática, a sensação de insegurança é comum a milhares de estudantes das escolas públicas de São Paulo, o estado mais rico da federação.

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Um estudo feito pelo Instituto Locomotiva Pesquisa e Estratégia com estudantes e professores da rede pública estadual de ensino revelou que 79% da população paulista teve conhecimento de algum caso recente de violência nas escolas em 2019. O levantamento, que foi encomendado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), aponta que ocorrências como bullying, discriminação e vandalismo foram as mais notadas no período.

A constatação retrata o abandono com que a Educação vem sendo tratada no estado de São Paulo. Durante décadas, os governos falharam em garantir o básico para nossas crianças, adolescentes, professores e funcionários: um ambiente escolar livre de violência.

Para o estudo, feito entre os dias 5 de setembro e 1º de outubro de 2019, foram ouvidos 1000 estudantes acima de 14 anos e 701 professores de São Paulo, em 14 regionais. O dado alarmante é que 81% dos alunos e 90% dos docentes relataram ter conhecimento de casos de violência em suas escolas estaduais no ano passado.

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E o problema, mostrou a pesquisa, vem se intensificando ano a ano. Ou seja, estamos perdendo a batalha por uma educação de qualidade. Passou da hora de mudar esse cenário. É preciso agir de forma urgente. O governo do Estado tem que mudar essa realidade e transformar as escolas em um lugar seguro, para que as crianças possam aprender e os professores possam ensinar em paz. Essa consciência está também entre estudantes e professores. Conforme o levantamento, 95% da população, 98% dos estudantes e 99% dos professores afirmam que o governo estadual deveria oferecer mais segurança às escolas.

Uma das medidas que precisam ser adotadas em São Paulo é a adoção ao modelo de escolas cívico-militares, que apresenta resultados positivos na redução dos índices de criminalidade em todas as cidades brasileiras onde foram implantadas, além de ganho na qualidade do ensino. Neste sistema, os professores continuam cuidando integralmente da educação, enquanto militares da reserva atuam na administração e na disciplina. Como exemplo dessa mudança de cenário, em Goiás, uma escola cívico-militar saltou de 4,7 para 7,0 a nota do IDEB. Como presidente da Frente Parlamentar pela criação de Escolas Militares em São Paulo na Alesp, venho atuando incessantemente para que o sistema seja aplicado no maior número de municípios possível.

A cidade que quiser receber as escolas cívico-militares poderá contar com toda a colaboração do nosso gabinete para sanar dúvidas, apresentar os modelos disponíveis e para auxiliar no processo burocrático de solicitação de adesão junto ao Ministério da Educação.

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Lutar pela melhoria da qualidade da Educação é uma das nossas principais bandeiras de atuação. Só seremos uma grande nação no dia em que nossas crianças e adolescentes tiverem um ensino de qualidade e puderem ir à escola sem medo da violência.

 

*Tenente Coimbra é natural de Santos/SP. Foi eleito deputado estadual com 24.109 votos pelo PSL

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