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Polícia

'Amiga' enviou bolo envenenado e dormiu na casa da vítima no dia do crime

Segundo o pai de Ana Luíza de Oliveira Neves, adolescente que confessou ter enviado o doce 'não demonstrou nenhuma reação'

Matheus Herbert

04/06/2025 às 14:05  atualizado em 04/06/2025 às 14:28

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Ana Luíza de Oliveira Neves morreu no domingo (1º/6) um dia após comer o bolo envenenado

Ana Luíza de Oliveira Neves morreu no domingo (1º/6) um dia após comer o bolo envenenado | Reprodução/Redes sociais

A Polícia Civil de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, mantém as investigações da morte brutal por envenenamento na cidade. 

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Em novo desdobramento, o pai da jovem de 17 anos, que morreu após comer um bolo envenenado, disse em entrevista que a adolescente que confessou ter enviado o doce era colega da filha e dormiu na casa da família na noite do crime. 

"Essa menina foi dormir lá em casa, acompanhou o caso todo. Viu [Ana Luiza] passando mal, viu a hora que a levei no hospital e, no outro dia, também viu minha menina caindo no banheiro e não demonstrou nenhuma reação... Depois da minha filha estando morta, ela ainda me cumprimentou e abraçou", disse Silvio Ferreira das Neves, pai de Ana Luiza. 

Segundo a investigação, a causa aparente da morte foi intoxicação alimentar. Contudo, somente o laudo toxicológico vai apontar se o alimento estava envenenado.

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Ana Luíza de Oliveira Neves morreu no domingo (1º/6) um dia após comer o bolo envenenado. 

Na manhã de terça-feira (3/6) uma adolescente, da mesma idade da vítima, foi apreendida pela Polícia Civil após confessar ter envenenado o bolo de pote enviado à “amiga” no sábado (31/5). 

Durante o velório de Ana Luiza, o pai fez um desabafo. “É muito difícil para mim... Perdi o amor da minha vida. Minha filha fez 17 anos na semana passada e não tem nem palavras para dizer o que eu estou sentindo. É difícil demais. Só Deus para me dar força, porque a minha filha não merecia isso...”, disse Silvio, que tem outras duas filhas.

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Presente mortal 

A vítima recebeu o doce em casa, no bairro Parque Paraíso, no último sábado (31/5), entregue por um motoboy. O bolo de pote chegou com o bilhete de um admirador secreto, como se fosse um “presente”. 

 "Um mimo pra garota mais linda que eu ja vi", diz o bilhete.

Ciúmes e inveja 

Em depoimento à polícia nesta terça-feira, a adolescente apreendida disse sentir inveja e ciúme da vítima por ser trocada pelo ex-namorado. 

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Ainda segundo as primeiras investigações, a jovem comprou arsênico pela internet e misturou a substância a um brigadeiro branco colocado no bolo de pote.

O valor do veneno teria sido R$ 80. Além disso, a jovem pagou R$ 5 ao aplicativo de transportes pela entrega. 

A investigação também aponta que a adolescente já havia envenenado outra jovem em 15 de maio, também por ciúmes. A segunda vítima sobreviveu após ser internada e prestou depoimento. 

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Em nota enviada à Gazeta, a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP) disse que as investigações seguem em andamento. 

"A Delegacia de Itapecerica da Serra identificou uma adolescente de 17 anos como autora do crime. Segundo a Polícia Civil, a jovem foi ouvida e confessou ter colocado veneno em um bolo entregue à vítima. A autoridade policial já representou à Justiça pela apreensão da menor e aguarda decisão. As investigações seguem em andamento para esclarecer completamente os fatos". 

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