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Empresário foi encontrado morto em um buraco com apenas um capacete e uma jaqueta | Arquivo pessoal
As investigações sobre o crime contra o empresário Adalberto Amarilio Júnior, de 35 anos, encontrado morto em um buraco de obra perto do Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, estão em andamento.
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Na tarde desta quarta-feira (18/6), a delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e os delegados Fernando Elian e Rogério Thomaz deram uma entrevista coletiva, na sede do DHPP para falar sobre os desdobramentos da investigação.
A Polícia Civil informou que a partir de agora o caso está sob sigilo de Justiça, devido à complexidade dos fatos. Novas informações devem ser divulgadas à medida que os resultados dos exames pendentes forem concluídos.
Durante a coletiva, as autoridades policiais revelaram que mantêm todas as linhas de investigação abertas, incluindo a participação de funcionários, seguranças, vendedores e frequentadores do evento.
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A família da vítima tem acompanhado de perto as investigações. Os delegados pediram cautela, respeito e paciência até a conclusão dos laudos e esclarecimento total do crime.
"As linhas de investigação têm que ser concomitantes. A gente não pode perder tempo. As linhas são diversas. Vocês estão vendo a dificuldade, os próprios laudos, por si só, são diferentes, são mais completos. Então, as linhas são concomitantes. Todas as linhas de investigação, elas estão caminhando e nada vai ser descartado."
Nesta semana, em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, no programa Brasil do Povo, a diretora do DHPP, Ivalda Aleixo, disse estar com 70% do caso concluído.
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Os peritos encontraram escoriações no pescoço de Adalberto, que podem indicar esganadura. A polícia já considerou a hipótese de ele ter sofrido um golpe mata-leão durante algum confronto.
Na ocasião, a SSP-SP disse que não serão divulgadas mais informações para preservar e garantir a autonomia do trabalho policial.
Um dos três laudos entregues pela Polícia Técnico-Científica ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) indica sêmen no empresário. O laudo é o de pesquisa de Antígeno Prostático Específico (PSA), que pode identificar se o empresário teve relações sexuais antes de ser assassinado por asfixia.
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O PSA é uma proteína produzida principalmente pela próstata, glândula do sistema reprodutor masculino responsável por gerar um fluido que, junto aos espermatozoides, compõem o sêmen. A presença de PSA está ligada a uma alta concentração de sêmen.
O resultado, porém, não permite determinar o contexto em que houve a liberação do material biológico. O exame também deu negativo para as regiões do ânus e da boca.
Vestígios de sangue foram encontrados no carro do empresário. Após o material genético ter sido detectado, o DHPP solicitou nova perícia no veículo.
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Ivalda Aleixo, responsável pelo caso, acredita que as marcas de sangue já estivessem no veículo antes do crime, mas também aguarda o resultado desse laudo.
O laudo do IML também informa que não foram encontrados drogas e álcool em Adalberto, o que expõe contradição no depoimento do amigo que estava com o empresário no evento, Rafael Aliste. Inicialmente, ele disse à polícia que o empresário e ele tomaram cerveja e fumaram maconha.
A delegada do DHPP já havia dito que o primeiro depoimento de Aliste apresentava “lacunas e contradições”. A incoerência entre o laudo e a versão inicial apresentada por Aliste reforçam suspeitas sobre inconsistências.
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O empresário estava desaparecido desde o dia 30 de maio e foi encontrado morto, sem as calças e sem o tênis, na terça-feira (3/6) em um buraco de obra com cerca de 3 metros de profundidade e 50 centímetros de largura, no Autódromo de Interlagos.
Ele havia ido ao local participar de um evento de experiências com motos, o Festival Interlagos.
As suspeitas indicavam que quem deixou o corpo da vítima sabia que o buraco seria concretado e planejava usar isso para eliminar qualquer evidência.
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O patrimônio do empresário impressionou. Adalberto tinha vários imóveis em seu nome, como apartamento, casa, carros de luxo e empresa.
As informações foram fornecidas pela mulher dele, Fernanda Grando Dândalo, de 34 anos, em depoimento à polícia, ao qual a CNN teve acesso.
Desde o início do caso, Fernanda acredita que o marido tenha sido vítima de crime.
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