Empresários são presos por trama secreta contra promotor do Gaeco

Dois empresários foram presos nesta sexta-feira (29/8) durante uma operação em Campinas, no interior de São Paulo, acusados de financiar atividades do Primeiro Comando da Capital (PCC) e de participar do planejamento de um atentado contra um promotor de Justiça.

O promotor que sofreria o atentado é Amauri Silveira Filho, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).

A megaoperação nacional que desarticulou o crime reuniu cerca de 1.400 agentes para cumprir mandados de prisão e busca e apreensão em oito estados na manhã de quinta-feira (28/8).

Segundo o Ministério Público, Maurício Silveira Zambaldi, conhecido como “Dragão”, e José Ricardo Ramos providenciaram armamentos, veículos e a contratação de operadores para emboscar o promotor, que atua em investigações sobre tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Zambaldi seria responsável por operações financeiras do grupo e usava empresas de fachada para movimentar valores. A Receita Federal revelou o esquema de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal que movimentou mais de R$ 46 bilhões por meio de fundos de investimento ligados à facção criminosa também nesta quinta.

Operação Linha Vermelha

A operação, chamada Linha Vermelha, cumpriu mandados de prisão nos bairros Cambuí e Alphaville, áreas de alto padrão de Campinas.

O namorado da filha de Zambaldi também foi detido, após policiais encontrarem um celular destruído em um telhado durante a ação.

Um terceiro alvo da investigação, Sérgio Luiz de Freitas Filho, o “Mijão”, continua foragido. Ele é apontado como um dos chefes do PCC e um dos maiores operadores do tráfico de drogas no Brasil.

Há 19 anos escondido na Bolívia, ele teria dado a ordem para o ataque contra o promotor.