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Fábrica clandestina no ABC Paulista produz bebida com metanol e causa mortes em SP

Local é apontado como a origem das garrafas adulteradas com metanol

Monise Souza

10/10/2025 às 14:20

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Polícia cumpriu mandados de busca e apreensão e desmantelou a fábrica em São Bernardo

Polícia cumpriu mandados de busca e apreensão e desmantelou a fábrica em São Bernardo | Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil de São Paulo encontrou nesta sexta-feira (10/10) uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

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O local é apontado como a origem das garrafas adulteradas com metanol que causaram a morte de duas pessoas no Estado.

Fábrica clandestina de bebidas alcoólicas está em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
Foto: Divulgação/TV Globo
Fábrica clandestina de bebidas alcoólicas está em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Foto: Divulgação/TV Globo
Local é apontado como a origem das garrafas adulteradas com metanol que causaram a morte de duas pessoas no Estado.
Foto: Divulgação/Polícia Civil
Local é apontado como a origem das garrafas adulteradas com metanol que causaram a morte de duas pessoas no Estado. Foto: Divulgação/Polícia Civil
Descoberta aconteceu após a morte de duas pessoas na zona leste da capital paulista.
Foto: Divulgação/Governo de SP
Descoberta aconteceu após a morte de duas pessoas na zona leste da capital paulista. Foto: Divulgação/Governo de SP
Onze estabelecimentos na capital paulista e um em Embu das Artes, na Grande São Paul,o foram fiscalizados nesta quinta. Foto: Pablo Jacob/Governo de São Paulo
Onze estabelecimentos na capital paulista e um em Embu das Artes, na Grande São Paul,o foram fiscalizados nesta quinta. Foto: Pablo Jacob/Governo de São Paulo

A descoberta aconteceu após a morte de duas pessoas na zona leste da capital paulista, que haviam consumido vodka no mesmo estabelecimento. Com base nas informações coletadas, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão e desmantelou a fábrica em São Bernardo.

De acordo com as investigações, o grupo responsável pela produção irregular comprava etanol em postos de combustível, que estaria misturado com metanol. Essa mistura era usada na fabricação de bebidas como vodka, vendidas de forma ilegal.

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Prisão em flagrante

A proprietária do local foi presa em flagrante. Segundo a polícia, ela confessou ter adquirido as garrafas de uma distribuidora não autorizada. A mulher deve responder por adulteração e falsificação de produtos alimentícios, crimes com pena de até oito anos de prisão.

Durante a operação, endereços em São Caetano do Sul e em São Paulo também foram vistoriados. Oito pessoas foram levadas para a delegacia para prestar depoimento. Garrafas, bebidas, celulares e outros materiais foram apreendidos e encaminhados para perícia.

A Polícia Civil segue investigando o envolvimento dos suspeitos e a origem dos produtos utilizados na fabricação das bebidas.

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Mortes confirmadas

número de mortes confirmadas por intoxicação por bebida alcoólica "batizada" com metanol no estado de São Paulo subiu para cinco, segundo o boletim divulgado pelo governo nesta quarta-feira (8/10).

Até esta terça-feira (7/10), eram três mortes confirmadas pelo governo do Estado. As duas novas confirmações são de mortes que ocorreram em 25 e 28 de setembro.

A Prefeitura de São Bernardo do Campo também confirmou nesta segunda-feira (6/10) a morte de Bruna Araújo, de 30 anos, que estava internada em estado grave após ingerir vodca com suco de pêssego. Segundo a prefeitura, a jovem morreu em decorrência da bebida adulterada com metanol.

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Prisões

O número de prisões no ano subiu para 24 após a detenção de duas mulheres com 162 garrafas de uísque falsificadas no município de Dobrada, na região de Araraquara, no interior de São Paulo. 

Segundo o governo, alguns têm vínculos com comércios já interditados por casos de intoxicação, enquanto outros emitiam notas fiscais de venda sem comprovação de origem ou registravam operações simuladas.

Na capital paulista, a Polícia Civil investiga dois irmãos suspeitos de adulterar bebidas alcoólicas com metanol em um imóvel no Jardim Campo Limpo, na zona sul.

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Fiscalização

Onze estabelecimentos na capital paulista e um em Embu das Artes, na Grande São Paulo, foram fiscalizados nesta quinta-feira (9/10) durante a Operação Gota a Gota, deflagrada pelo Governo de São Paulo para combater irregularidades na comercialização de bebidas destiladas.

Na última segunda-feira (6/10), o governo Tarcísio anunciou um conjunto de ações em parceria com associações do setor de bebidas alcoólicas para ampliar o combate à falsificação no Estado.

Além disso, três bares na Grande São Paulo foram interditados. A Vigilância Sanitária de São Paulo lacrou nesta quarta-feira (1º/10) um lote com 128 mil garrafas de vodca em Barueri, na Grande São Paulo.

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Foi anunciado o endurecimento das leis contra falsificação e venda irregular de produtos, a destruição de estoques apreendidos e a criação de um canal de denúncia para comerciantes evitarem sanções.

A força-tarefa do Governo de São Paulo contra bebidas adulteradas reúne diferentes órgãos: Polícia Civil, Secretaria da Fazenda, Procon-SP e vigilâncias sanitárias estadual e municipais. As ações podem ser motivadas por denúncias de consumidores, notificações médicas ou cruzamento de informações fiscais.

As interdições têm caráter cautelar e prazo inicial de 90 dias, podendo ser prorrogadas. O estabelecimento pode pedir nova vistoria para comprovar regularização e solicitar reabertura parcial.

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O Procon-SP fiscaliza o cumprimento do Código de Defesa do Consumidor e pode interditar locais que vendem produtos sem rótulo, com lacres violados ou sem nota fiscal.

Desde o início do ano, 45 pessoas foram presas em ações de combate à falsificação ou adulteração de bebidas, sendo 24 delas em casos relacionados ao uso de metanol.

Como denunciar

Consumidores podem acionar o Procon-SP pelo telefone 151 ou no site do Procon (www.procon.sp.gov.br).

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Também é possível fazer denúncias anônimas pelo Disque Denúncia 181 ou pelo site da Polícia Civil de São Paulo.

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