O que os seguranças sabem sobre a morte misteriosa em Interlagos?

A Polícia Civil de São Paulo mantém as investigações do caso do empresário encontrado morto em um buraco no Autódromo de Interlagos, na zona sul da Capital. 

As autoridades policiais devem ouvir na tarde desta segunda-feira (9/6) o chefe da segurança do Autódromo de Interlagos. O depoimento será prestado na sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, de 36 anos, que estava desaparecido desde o dia (30/5), foi encontrado morto, na última terça-feira (3/6), em um buraco com cerca de 3 metros de profundidade e 50 centímetros de largura, no Autódromo. A fortuna do empresário também chamou a atenção nas investigações. 

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP), os novos depoimentos devem ser colhidos ao longo desta semana e podem ser decisivos na conclusão das investigações. 

Sangue e nova perícia 

Vestígios de sangue foram encontrados no carro do empresário Adalberto Júnior. Após o material genético ter sido detectado, o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso, solicitou uma nova perícia no veículo.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a equipe do DHPP segue na coleta de depoimentos de familiares, testemunhas e está aguardando a finalização de todos os laudos solicitados.

Sumiço de Adalberto

O caso do empresário foi registrado no sábado (31/5) como desaparecimento de pessoa pelo 48º Distrito Policial (Cidade Dutra). 

O homem havia ido ao Autódromo de Interlagos participar de um evento de experiências com motos, o Festival Interlagos, com expectativa de receber cerca de 200 mil pessoas.

Na terça-feira (3/6), a Polícia Militar foi acionada após o corpo ser encontrado em um buraco com dois metros de profundidade no autódromo, onde há uma obra.

Família de Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos, reconheceu corpo encontrado no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, o que confirmou a morte do empresário desaparecido.

Sem calça e sem tênis

O corpo de Adalberto foi localizado sem calça e sem os tênis. De acordo com informações da polícia, não foram identificados sinais de violência física ou vestígios de sangue.

Em depoimento à polícia, Rafael Aliste, amigo que estava com Adalberto, relatou que o empresário consumiu maconha e ingeriu cerca de oito copos de cerveja durante o evento.

A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte e trabalha com a hipótese de ato criminoso. A mulher de Adalberto, a farmacêutica Fernanda Dândalo, de 34 anos, realmente acredita que ele tenha sido vítima de um crime.

A diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de SP, Ivalda Aleixo, informou que "ele foi posto ali (no buraco) desacordado".