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Adalberto Amarilio Júnior foi encontrado morto em um buraco no Autódromo de Interlagos, em São Paulo | Arquivo pessoal
Um dos três laudos entregues pela Polícia Técnico-Científica ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revela uma nova informação sobre a morte misteriosa do empresário Adalberto Amarilio Júnior, encontrado morto em um buraco no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
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Obtido com exclusividade pelo SBT Brasil, o laudo é o de pesquisa de PSA (Antígeno Prostático Específico), que identifica se o empresário teve relações sexuais antes de ser assassinado por asfixia. E o resultado foi positivo.
O PSA é uma proteína produzida principalmente pela próstata, glândula do sistema reprodutor masculino responsável por gerar um fluido que, junto aos espermatozoides, compõem o sêmen. A presença de PSA está ligada a uma alta concentração de sêmen.
Os peritos procuraram vestígios de PSA em três pontos do corpo de Adalberto. O resultado foi positivo no órgão genital do empresário. Esse achado é considerado uma prova técnica de que ele teve relações sexuais antes de ser morto.
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O resultado, porém, não permite determinar o contexto em que houve a liberação do material biológico. O exame também deu negativo para as regiões do ânus e da boca.
Agora, os especialistas tentarão extrair DNA do material encontrado. Caso a extração seja possível, o DNA pode ser do próprio empresário ou de um possível suspeito do crime.
Adalberto foi encontrado sem calça e sem sapatos - sinais que, segundo a polícia, podem indicar um componente sexual na motivação do assassinato.
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Em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, no programa Brasil do Povo, a diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, responsável pelo caso, disse estar com 70% do caso concluído.
Os peritos também encontraram escoriações no pescoço de Adalberto, que podem indicar esganadura. A polícia já considerou a hipótese de ele ter sofrido um golpe mata-leão durante algum confronto.
A SSP-SP diz que não serão divulgadas mais informações para preservar e garantir a autonomia do trabalho policial.
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Vestígios de sangue foram encontrados no carro do empresário. Após o material genético ter sido detectado, o DHPP solicitou nova perícia no veículo.
Ivalda Aleixo, responsável pelo caso, acredita que as marcas de sangue já estivessem no veículo antes do crime, mas também aguarda o resultado desse laudo.
O laudo do IML também informa que não foram encontrados drogas e álcool em Adalberto, o que expõe contradição no depoimento do amigo que estava com o empresário no evento, Rafael Aliste. Inicialmente, ele disse à polícia que o empresário e ele tomaram cerveja e fumaram maconha.
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A delegada do DHPP já havia dito que o primeiro depoimento de Aliste apresentava “lacunas e contradições”. A incoerência entre o laudo e a versão inicial apresentada por Aliste reforçam suspeitas sobre inconsistências.
O empresário estava desaparecido desde o dia 30 de maio e foi encontrado morto, sem as calças e sem o tênis, na terça-feira (3/6) em um buraco de obra com cerca de 3 metros de profundidade e 50 centímetros de largura, no Autódromo de Interlagos.
Ele havia ido ao local participar de um evento de experiências com motos, o Festival Interlagos.
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As suspeitas indicavam que quem deixou o corpo da vítima sabia que o buraco seria concretado e planejava usar isso para eliminar qualquer evidência.
O patrimônio do empresário impressionou. Adalberto tinha vários imóveis em seu nome, como apartamento, casa, carros de luxo e empresa.
As informações foram fornecidas pela mulher dele, Fernanda Grando Dândalo, de 34 anos, em depoimento à polícia, ao qual a CNN teve acesso.
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Desde o início do caso, Fernanda acredita que o marido tenha sido vítima de crime.
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