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Adalberto desapareceu no dia 30 de maio após ir a um festival de motos no Autódromo | Reprodução/Redes sociais
As investigações sobre a morte do empresário Adalberto Amarílio Júnior continuam em andamento pela Polícia Civil de São Paulo.
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Quatro dos cinco suspeitos de envolvimento na morte do empresário foram conduzidos à delegacia nesta sexta-feira (18/7) pela Polícia Civil, mas não ficaram presos. Um deles precisou pagar fiança para ser liberado, porque tinha munições irregulares em casa. O quinto suspeito ainda não foi localizado.
Na tarde desta sexta-feira, a Polícia Civil também concedeu uma entrevista coletiva para atualizar o caso e divulgou que dois nomes de seguranças foram ocultados da lista entregue pela empresa responsável por atuar no local no dia do crime.
Segundo o delegado Rogério Thomaz, ainda não é possível indicar a autoria do crime. “Eles estão na condição de suspeitos. Acreditamos que outras pessoas também podem ter participado”, declarou em coletiva de imprensa.
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Durante as investigações, a Polícia Civil identificou inconsistências nas informações prestadas pela empresa de segurança que atuou no evento. Dois nomes ligados à equipe não constavam na lista oficial enviada às autoridades.
De acordo com o secretário-executivo da Segurança Pública, Nico Gonçalves, o caso exige cautela. “É uma investigação complexa. Hoje demos um passo importante, mas ainda é cedo para apontar culpados. Nenhuma hipótese está descartada.”
Ele também destacou que os dois profissionais ausentes da lista oficial estavam, de fato, no local e ocupavam cargos de comando. “A empresa forneceu uma lista que não bate com outra obtida pela investigação. Esses nomes omissos tinham poder de decisão”, afirmou.
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Um dos suspeitos, o lutador, trabalhou apenas na sexta-feira do evento e foi retirado da equipe no dia seguinte. “É estranho ele não ter voltado ao trabalho. Vamos apurar se há relação com o crime”, acrescentou Gonçalves.
Na coletiva participaram o secretário-executivo de Segurança Pública, Nico Gonçalves, a diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, e o delegado responsável pela investigação, Rogério Thomaz.
Um dos seguranças seria lutador de jiu-jitsu, com passagem por furto, associação criminosa, ameaça e lesão corporal.
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“Estranhamente, o segurança lutador de artes marciais não voltou para trabalhar no dia seguinte”, informou o delegado Osvaldo Nico.
Esse segurança chegou a ser preso nesta sexta por porte ilegal de armas, mas foi solto após pagar fiança. O primeiro nome dele seria Leandro.
A polícia também confirmou que os celulares dos dois principais suspeitos chegaram 'apagados' para análise.
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Adalberto desapareceu no dia 30 de maio após ir a um festival de motos no Autódromo. O corpo dele foi encontrado no dia 3 de junho em um buraco por um funcionário da obra.
Um laudo da Polícia Civil de São Paulo indica que o empresário foi enterrado vivo. Atualmente, o caso permanece sob sigilo judicial enquanto novas evidências são analisadas.
A causa da morte foi asfixia mecânica, com terra encontrada nos olhos, nariz, boca e pulmões de Adalberto, o que indica que ele respirou no buraco e, por isso, a polícia acredita que ele tenha sido colocado ou jogado no local com vida.
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A principal linha de investigação dos policiais indica para um possível desentendimento entre Adalberto e os seguranças em razão de uma vaga de estacionamento.
Uma testemunha-chave foi à Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) no mês passado, acompanhada de um advogado e disse à polícia considerar o caso extremamente complexo.
Em depoimento, a testemunha relatou ter visto o momento do crime e revelou haver se mantido em silêncio por medo de represálias, inclusive por temer pela própria vida.
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Por ter a proteção da polícia, ela decidiu contar o que viu e indicou três seguranças que trabalhavam no Autódromo no dia do crime como autores do homicídio.
De acordo com informação que consta em laudo parcial da Polícia Civil, as manchas de sangue encontradas no carro de Adalberto pertencem ao próprio empresário e a uma mulher ainda não identificada.
Esses vestígios de sangue foram encontrados no carro dele no início de junho. Após o material genético ter sido detectado, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) havia solicitado uma nova perícia no veículo.
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A Polícia Civil de São Paulo trabalha com a hipótese de que há mais de um envolvido na morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior.
O empresário havia participado de um evento de motos no local quatro dias antes do corpo ser localizado.
Para os investigadores da Polícia Civil, é improvável que uma só pessoa conseguisse deixar a vítima no local. Ainda não há acusados do crime.
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Um dos três laudos entregues pela Polícia Técnico-Científica ao DHPP indica sêmen no empresário. O laudo é o de pesquisa de Antígeno Prostático Específico (PSA), que pode identificar se o empresário teve relações sexuais antes de ser assassinado por asfixia.
O PSA é uma proteína produzida principalmente pela próstata, glândula do sistema reprodutor masculino responsável por gerar um fluido que, junto aos espermatozoides, compõem o sêmen. A presença de PSA está ligada a uma alta concentração de sêmen.
O resultado, porém, não permite determinar o contexto em que houve a liberação do material biológico. O exame também deu negativo para as regiões do ânus e da boca.
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No dia 18 de junho, a delegada Ivalda Aleixo com os delegados Fernando Elian e Rogério Thomaz deram uma entrevista coletiva na sede do DHPP para falar sobre os desdobramentos da investigação.
A Polícia Civil informou que a partir de agora o caso está sob sigilo de Justiça, devido à complexidade dos fatos. Novas informações devem ser divulgadas à medida que os resultados dos exames pendentes forem concluídos.
Durante a coletiva, as autoridades policiais revelaram que mantêm todas as linhas de investigação abertas, incluindo a participação de funcionários, seguranças, vendedores e frequentadores do evento.
Os peritos encontraram escoriações no pescoço de Adalberto, que podem indicar esganadura. A polícia já considerou a hipótese de ele ter sofrido um golpe mata-leão durante algum confronto.
Na ocasião, a SSP-SP disse que não serão divulgadas mais informações para preservar e garantir a autonomia do trabalho policial.
O empresário estava desaparecido desde o dia 30 de maio e foi encontrado morto, sem as calças e sem o tênis, na terça-feira (3/6) em um buraco de obra com cerca de 3 metros de profundidade e 50 centímetros de largura, no Autódromo de Interlagos.
Ele havia ido ao local participar de um evento de experiências com motos, o Festival Interlagos.
As suspeitas indicavam que quem deixou o corpo da vítima sabia que o buraco seria concretado e planejava usar isso para eliminar qualquer evidência.
O patrimônio do empresário impressionou. Adalberto tinha vários imóveis em seu nome, como apartamento, casa, carros de luxo e empresa.
As informações foram fornecidas pela mulher dele, Fernanda Grando Dândalo, de 34 anos, em depoimento à polícia, ao qual a CNN teve acesso.
Desde o início do caso, Fernanda acredita que o marido tenha sido vítima de crime.
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