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Lula decidiu adiar a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF) para depois de sua viagem à Ásia | Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu adiar a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF) para depois de sua viagem à Ásia. A informação foi confirmada pelos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social).
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Ele embarcou nesta terça-feira (21/10) para compromissos oficiais na Indonésia e, em seguida, participa da cúpula da ASEAN, na Malásia. Inicialmente, o anúncio de Messias, atual advogado-geral da União, como sucessor de Luís Roberto Barroso, estava previsto para o mesmo dia.
Na noite anterior à viagem, Lula se reuniu no Palácio da Alvorada com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), figura central na tramitação de indicações ao STF.
Segundo fontes ouvidas pela TV Globo e confirmadas por senadores, o encontro foi longo e decisivo para a mudança de planos.
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Alcolumbre demonstrou insatisfação quanto a não ter sido consultado com antecedência sobre a indicação de Messias. Ele esperava um convite ainda no fim de semana, o que só ocorreu na segunda-feira à noite, poucas horas antes do suposto anúncio.
Durante a reunião, o senador reiterou a defesa do nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como candidato à vaga no STF. Segundo aliados de Alcolumbre, o nome de Pacheco teria aprovação rápida e tranquila na Casa, além de fortalecer a representatividade do Senado no Supremo.
Embora tenha reconhecido que a indicação ao STF é prerrogativa exclusiva do presidente da República, Alcolumbre sugeriu que Lula conversasse também com os outros nomes cogitados, como Pacheco e Bruno Dantas (presidente do Tribunal de Contas da União - TCU), para fortalecer politicamente sua escolha final.
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Interlocutores do Planalto indicam que, após a conversa, Lula decidiu intensificar o diálogo com senadores e avaliar a repercussão da indicação antes de formalizar o nome de Jorge Messias. A intenção seria garantir uma votação com margem confortável no Senado e evitar desgastes políticos.
A avaliação interna é que Messias, apesar de ser o favorito de Lula, ainda enfrenta resistências em setores do Congresso. Por isso, o presidente optou por adiar a decisão e reforçar a articulação política na volta da viagem.
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