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Lula e Tarcísio, em foto de arquivo; governador anunciou início da caducidade do contrato da Enel | Ricardo Stuckert/PR
O governo federal, o governo estadual e a Prefeitura de São Paulo decidiram iniciar o processo de caducidade (ou extinção) do contrato com a Enel, concessionária que atende a Grande São Paulo, incluindo a Capital.
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A notícia foi dada na tarde desta terça-feira (16/12), após reunião no Palácio dos Bandeirantes com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e com representantes da Enel, entre outros participantes.
"Não há outra alternativa senão a medida mais grave que existe, que é a decretação de caducidade. Estamos mandando elementos para o Ministério de Minas e Energia. Vamos mandar isso também para a agência reguladora", afirmou Tarcísio à imprensa após o encontro.
De acordo com o governador, há neste momento uma “união importante" entre governo federal, estadual e prefeitura para o processo de caducidade ser instaurado.
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Já o ministro de Minas e Energia, que representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que a Enel perdeu as condições de estar à frente do serviço de concessão de energia elétrica em São Paulo.
“Esperamos que a Aneel possa dar resposta o mais rápido possível ao povo de São Paulo, implementando e iniciando o processo de caducidade que vai resultar, com certeza, na melhoria da qualidade do serviço de distribuição, que o mais sensível do setor elétrico", destacou Silveira.
A caducidade é uma medida extrema tomada quando uma concessionária descumpre obrigações contratuais e não tem condições de manter a prestação de serviços à população.
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Após a decisão, a concessionária será notificada e terá 20 dias para apresentar defesa administrativa.
Parte da região metropolitana de São Paulo está há pelo menos seis dias sem energia elétrica após um vendaval que atingiu diversas cidades. O problema inicialmente atingiu 2,5 milhões de clientes.
No programa Roda Viva, da TV Cultura, desta segunda-feira (15/11), Nunes afirmou que a responsabilidade para pedir a caducidade do contrato era do governo federal.
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“Não é algo que dá mais para suportar ou aturar. A população está sofrendo muito. O governo federal precisa tomar uma atitude, porque é o governo federal que tem essa competência legal”, afirmou ele, sem citar diretamente o nome do presidente Lula.
“É o presidente da República que detém a prerrogativa de decretar a caducidade ou intervenção. O prefeito de qualquer cidade ou o governador de qualquer estado não tem competência legal, tendo em vista o ordenamento jurídico que está posto”, completou.
Nesta terça, a prefeitura soltou uma nota em que se defende de críticas relacionadas à falta de poda de árvores durante a crise de falta de energia. Leia abaixo, na íntegra:
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"A Prefeitura de São Paulo informa que a ENEL assinou um termo de convênio com a administração municipal em que se comprometeu a realizar neste ano 282.271 podas de árvores na cidade. Entretanto, somente 31.945 (11%) desse Plano Anual de Poda foram executados pela concessionária até ontem (15/12). O resultado é pífio e comprova a falta de compromisso da concessionária e o péssimo serviço prestado à população de São Paulo. A Prefeitura, por sua vez, desde o início do ano, realizou com suas equipes 162 mil podas e 13 mil remoções de árvores. Além disso, a atual gestão ampliou em 2025 as equipes de manejo de árvores de 122 para 162, um aumento de 32%."
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