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Lula e Papa Leão se reuniuram no Vaticano, nesta segunda (13/10) | Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta segunda-feira (13/10) com o papa Leão 14, no Vaticano, em Roma, no primeiro encontro com o pontífice.
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A audiência abordou temas como fé, desigualdade social, combate à fome e os desafios ambientais enfrentados pelo mundo. Em publicação na rede social X (antigo Twitter), Lula destacou a natureza do diálogo com o líder da Igreja Católica.
“Conversamos sobre religião, fé, o Brasil e os imensos desafios que temos que enfrentar no mundo”, afirmou.
Durante o encontro, o presidente elogiou a recente Exortação Apostólica Dilexi Te, assinada por Leão 14, e a associou à urgência de enfrentar as injustiças sociais.
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“Parabenizei o santo padre pela Exortação Apostólica Dilexi Te e a sua mensagem de que não podemos separar a fé do amor pelos mais pobres. Disse a ele que precisamos criar um amplo movimento de indignação contra a desigualdade e considero o documento uma referência, que precisa ser lido e praticado por todos”, escreveu Lula.
O presidente também compartilhou com o papa sua trajetória de proximidade com religiosos engajados em causas sociais no Brasil.
Ele mencionou nomes históricos da Igreja Católica brasileira, como dom Paulo Evaristo Arns, dom Hélder Câmara, dom Luciano Mendes de Almeida e dom Pedro Casaldáliga, além do atual presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler.
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Lula relatou a Leão 14 os avanços do Brasil na segurança alimentar e sua participação em encontro da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), realizado também nesta segunda.
“E [sobre] como, em dois anos e meio, tiramos, pela segunda vez, o Brasil do Mapa da Fome”, disse. “Agora, estamos levando este debate para o mundo por meio da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, acrescentou.
Lula aproveitou a visita ao Vaticano para convidar o pontífice a participar da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro de 2025, em Belém, no Pará.
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“Considerando a importância histórica de realizarmos uma Conferência do Clima pela primeira vez no coração da Amazônia”, justificou.
O papa Leão 14, no entanto, informou que não poderá comparecer pessoalmente ao evento, em razão das celebrações do Jubileu em 2025, mas garantiu a presença de uma delegação do Vaticano.
“Por conta do Jubileu, o papa nos disse que não poderá participar, mas garantiu representação do Vaticano em Belém”, explicou Lula.
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O presidente ainda revelou que há a intenção de uma futura visita do pontífice ao Brasil, embora sem data definida. “Ficamos muito felizes em saber que sua santidade pretende visitar o Brasil no momento oportuno. Será muito bem recebido, com o carinho, o acolhimento e a fé do povo brasileiro”, afirmou.
Lula também mencionou as recentes celebrações religiosas no país, ao citar o Círio de Nazaré, realizado em Belém, e o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
“Lembrei que, ontem, tivemos uma demonstração imensa dessa fé no Círio de Nazaré e nas comemorações do Dia de Nossa Senhora Aparecida”, concluiu.
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Na audiência com o papa, acompanharam o presidente a primeira-dama Janja da Silva, o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome Wellington Dias e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar Paulo Teixeira.
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