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Allan dos Santos conversa com policiais federais que fizeram operação de busca em sua casa | /Pedro Ladeira/Folhapress
Aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram alvos da Polícia Federal (FP) na manhã desta terça-feira (16). A PF cumpriu mandados de busca e apreensão no âmbito do inquérito que apura organização e o financiamento de atos antidemocráticos. Entre os alvos da operação estão o blogueiro Allan dos Santos, o publicitário Sérgio Lima e o empresário Luís Felipe Belmonte, ambos ligados ao Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro tenta criar, e o deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ).
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A ação foi solicitada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
No total foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Santa Catarina e no Distrito Federal. Uma linha de apuração neste inquérito, segundo a PGR, busca esclarecer se os investigados se articularam com parlamentares e outras autoridades com prerrogativa de foro no STF "para financiar e promover atos que se enquadram em práticas tipificadas como crime pela Lei de Segurança Nacional (7.170/1983)".
Em uma rede social, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), disse ser um dos alvos das buscas da PF. "Polícia Federal em meu apartamento. Estou de fato incomodando algumas esferas do velho poder", disse. Policiais vasculharam o gabinete de Silveira na Câmara, o apartamento funcional em Brasília e sua residência no Rio.
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Agentes federais também cumpriram mandados em endereços do blogueiro Allan dos Santos, do site Terça Livre, de Luís Felipe Belmonte, um dos responsáveis pela montagem da Aliança, e do marqueteiro Sérgio Lima.
O empresário Otávio Fakhoury é outro alvo da operação. Ele e Allan dos Santos já tinham sofrido busca e apreensão no inquérito de fake news, também sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
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Em São Paulo, duas empresas de tecnologia estão na lista de Moraes: a Novo Brasil Empreendimentos Digitais e a Inclutech Telecnologia da Informação.
Ontem (15), no âmbito do mesmo inquérito sobre protestos antidemocráticos, a ativista Sara Winter, do grupo armado de extrema direita 300 do Brasil, foi presa após operação da PF. Na ocasião, Moraes atendeu a um pedido do Ministério Público Federal feito na sexta-feira (12), a partir de indícios de que o grupo liderado por Sara está organizando e captando recursos financeiros para ações que se enquadram na Lei de Segurança Nacional.
Na noite de sábado (13), integrantes do grupo atacaram o prédio do STF em Brasília com fogos de artifício. A pedido do presidente do tribunal, ministro Dias Toffoli, a Procuradoria-Geral da República abriu investigação para a responsabilização dos autores.
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