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Valores de itens básicos na mesa disparam e clientes intensificam pesquisas
11/09/2020 às 09:26
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Arroz puxa indignação por alta, mas óleo e leite também encareceram | Nair Bueno/DL
Os efeitos dos altos preços de arroz, leite e óleo já chegaram às prateleiras dos supermercados santistas e obrigaram famílias de todas as classes a repensar o orçamento gasto com as compras semanais e mensais para manter as despesas equilibradas nestes tempos de crises econômica e sanitária vivida por todo o Brasil.
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De acordo com um levantamento da empresa de inteligência de mercado Horus, no Distrito Federal, a alta do preço do arroz nas prateleiras dos supermercados chegou a 57,4%, e no Paraná, essa alta alcançou a 55,1%. Enquanto algumas autoridades alegam que o auxílio emergencial aumentou o volume de dinheiro nos estabelecimentos e isto motivo a alta dos preços, entidades do setor afirmam que a disparada nos preços está ligada à valorização do dólar, que tornou mais lucrativo exportar os produtos e ganhar em dólar a vendê-los no mercado interno. O dólar teve, em 2020, alta de quase 34%.
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Se engana, entretanto, quem acredita que apenas o arroz se transformou no grande vilão durante estes últimos dias para os caiçaras. Em visita a alguns supermercados do município, o Diário do Litoral verificou também uma alta expressiva no valor do óleo de soja e também no litro do leite.
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"O arroz e óleo estão muito caros. Já o leite está absurdamente mais caro do que de costume, eu nem comprei hoje porque está fora da realidade. Agora vamos eu e meu marido em outros supermercados pra pesquisar preços e ver se encontramos valores menores porque é a nossa única solução", afirma a vendedora Erica Branco, que fez parte das compras do mês no supermercado Extra da Avenida Ana Costa ontem (10).
No mesmo estabelecimento citado acima, o preço do arroz supera a marca dos R$ 27,00 dependendo da marca a ser escolhida pelo cliente, muito acima dos R$ 19,00 cobrados anteriormente, preço que ainda pode ser encontrado em locais que têm estoque anterior a agosto. Em todas as prateleiras está também anexado um aviso que o supermercado está limitando a compra de pacotes de 5kg de arroz por cada cliente.
Apesar disso, a ministra Tereza Cristina afirmou em vídeo nas redes sociais nesta quinta-feira (10) que o governo tomou todas as medidas necessárias para fazer a estabilidade e o equilíbrio para o produto. Na quarta-feira (9) o Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado até 31 de dezembro deste ano. Apesar disso, este efeito deverá demorar a ser sentido no orçamento dos brasileiros.
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"O Brasil tirou a alíquota de importação para que o produto de fora pudesse entrar e trazer o equilíbrio para os preços. Abrimos somente uma cota, porque não temos necessidade de muito arroz, mas isso é uma cota de reserva para que possamos ter a tranquilidade de que o preço vai voltar, vai equilibrado e o produto continuará nas gôndolas para todos os brasileiros", diz.
A situação do óleo de soja, entretanto, salta ainda mais aos olhos, uma vez que cada frasco com 900ml passa dos R$ 6,00 quando o mesmo produto e das mesmas marcas, poderia ser encontrado por menos de R$ 4,00 em alguns pontos da cidade durante julho.
"Pior que a gente não tem mais como mudar muito o nosso cardápio do almoço em casa porque simplesmente já estamos limitando ele há tempos. O jeito é realmente ficar 'pingando' de um comércio pro outro procurando a melhor oferta e não acabar com nosso orçamento", finalizam Erica e o marido, Fabio Luiz.
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O leite, que poderia ser adquirido por pouco mais de R$ 2,50 em alguns supermercados da Baixada Santista há algumas semanas agora figura por mais de R$ 4,25. Nos Estados que figuram entre os maiores produtores de leite, muitos deles comemoraram nos últimos dias o aumento nas cifras, uma vez que alguns deles passaram a faturar R$ 2,00 por cada litro produzido, um recorde para a indústria.
Em visita a supermercados da Zona Noroeste, o Diário do Litoral verificou que o óleo de soja e o leite também já estão na mesma faixa de preço de bairros mais próximos das praias, mas o pacote de 5 kg de arroz pode ser comprado por R$ 22,00.
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