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Cotidiano

Assistente social faz a mastectomia para prevenir o câncer de mama em Itanhaém

Tábata afirma que decidiu fazer a mastectomia para prevenir o câncer de mama por ter histórico na família

Gabriel Fernandes

23/10/2023 às 08:30

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Além da cirurgia, ela também aproveitou para retirar o útero e os dois ovários, num hospital em Botucatu

Além da cirurgia, ela também aproveitou para retirar o útero e os dois ovários, num hospital em Botucatu | Nair Bueno/DL

“Todos os meses é o tempo para a mulher se prevenir”. Quem afirma é a assistente social Tábata de Fátima Alves, de 42 anos, moradora de Itanhaém. Ela decidiu fazer a mastectomia para a retirada das duas mamas como uma medida de prevenção, no dia 22 de setembro. Além da cirurgia,ela também aproveitou para retirar o útero e os dois ovários, num hospital em Botucatu.

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Uma das suas preocupações é poder ter uma vida saudável para criar o seu filho. “Meu maior medo é não poder criar meu filho. Isso foi um pontapé inicial. Cuidar da gente é poder cuidar do outro”, destaca.

Tábata explica que decidiu fazer a cirurgia para retirar as duas mamas porque tem histórico na família. Isso porquesua mãe, aos 49 anos e a sua avó, aos 46 anos tiveram o câncer de mama, do tipo mais agressivo o gene TP53. A mãe de Tábata já havia falecido há cerca de um ano, com 67 anos, mas foi devido a outro tipo de câncer, no fígado. Ela havia feito o tratamento da mama há 18 anos.

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“Apareceram dois nódulos na minha mama do lado esquerdo, em um exame de ultrassom que fiz este ano. Eles já estavam grandes, mas era benigno. Porém, devido ao histórico na família resolvi fazer a mastectomia”, frisa. 

Ela conta que o ginecologista a encaminhou ao mastologista para ver a possibilidade de fazer o mapeamento genético. Tábata falou com um mastologista do seu convênio médico.

“Ele nem olhou para mim e disse que não precisava fazer esse exame e, ainda, que se eu pensasse em ter o câncer que iria ter igual ao da minha mãe”.

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Tábata decidiu então procurar um médico mastologista na rede particular, em Botucatu, que já havia tratado de sua mãe. “O médico pediu o mapeamento genético. Antigamente, esse exame era bem caro em torno de R$ 10 mil, mas hoje custa R$ 1.400,00 o mapeamento de 17 genes”. Oexame pode detectar se a pessoa tem o gene cancerígeno da família.

Segundo ela, o exame detectou que ela tinha esse gene de um câncer raro e agressivo e pode se desenvolver tanto na mama como nos ovários.

“O médico me aconselhou a retirar as mamas, o útero e os ovários, pois tinha 99,7% de chance de desenvolver o câncer até os 50 anos”, relata.  

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Ela fez todos os exames de rotina e se preparou para fazer as cirurgias. Com a mastectomia,em setembro, para a retirada das duas mamas,ela já colocou as próteses de silicone, como medida preventiva. A cirurgia, que durou cinco horas, foi bem sucedida. 

Tábata está em fase de recuperação durante três meses. Ela já tem um filho que vai completar um ano, em novembro.

Diz ainda que sua prima,de 46 anos, que teve um bebê na mesma época, desenvolveu o câncer ao engravidar e está passando por tratamento de quimioterapia e radioterapia, em Botucatu.    

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Exames preventivos

Elaafirma que faz os exames preventivos todos os anos, alémde fazer o ultrassom de mama a cada seis meses, por recomendação médica, desde os 25 anos, por conta da sua mãe. A partir de agora, ela vai precisar fazer os exames de rotina, a cada seis meses, com o acompanhamento médico.  

Na sua opinião, todas as mulheres precisam se conscientizar e se prevenir, durante o ano todo.

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“É importante fazermos o autoexame embaixo do chuveiro e procurar um médico. A mamografia, hoje, é bem rápida e mais moderna. O quanto antes você descobrir é mais rápido a cura do câncer de mama”, salienta.

Sonhos

Tábata já atuou como assistente social, durante oito anos, na prefeitura de Itanhaém e no governo do Estado, com mulheres no programa “Prospera Família”. Ela veio de São Paulo para morar em Itanhaém, em 2012.

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“Ao engravidar, decidi sair do trabalho e me dedicar ao meu filho. Mas já vendia algumas peças de roupas indianas, há cerca de um ano, na Casa Zen”, conta.

Ela resolveu investir e abrir uma loja física em agosto deste ano. “Aqui não é somenteuma loja de roupas indianas, incensos, óleos e artesanato, mas também desenvolvo um trabalho social com as mulheres. Ao ver elas saírem daqui transformadas é muito gratificante”, conclui.

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