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Cotidiano
Por falta de patrocínio, Prefeitura decidiu cancelar o evento, mas entidades dizem que já haviam se organizado para sair às ruas e mantêm planos
15/07/2022 às 11:12 atualizado em 15/07/2022 às 11:46
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Carnaval de rua de SP (arquivo) | Edson Lopes Jr/SECOM
Apesar de não terem apoio da Prefeitura, alguns blocos de carnaval confirmaram na tarde desta quinta-feira (14) que irão sair às ruas neste sábado e domingo. A gestão municipal cancelou o evento que batizou de Esquenta de Carnaval por falta de patrocínio, mas, mesmo assim, três coletivos de blocos afirmam que já haviam se programado para os cortejos e por isso seguirão os planos de destiles para o fim de semana.
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Em nota oficial, os coletivos reclamam que a Prefeitura falhou ao cancelar o evento no último dia 7. A gestão Ricardo Nunes (MDB) alegou que não houveram interessados em patrocinar o evento, mesmo tendo realizado dois pregões e tendo baixado o lance mínimo de 10 milhões para R$ 6 milhões. O texto conta com informações do "g1".
Somente neste ano, esta é a segunda vez que o tradicional carnaval de rua de São Paulo é cancelado pela prefeitura. A primeira vez, foi em janeiro, quando, devido aos altos índices de infeções por Covid-19, o Município decidiu não realizar as festas. No mês abril, foi proposto que o carnaval de rua fosse realizado em julho, como uma prévia do carnaval de 2023.
Segundo os coletivos, o novo cancelamento do carnaval de julho "foi uma tentativa velada da gestão municipal em coibir os cortejos carnavalescos livres e democráticos de abril". As entidades também criticam a Prefeitura citando "falta diálogo, confiança, coragem, sensibilidade e imaginação".
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A nota foi assinada pelos coletivos Arrastão dos Blocos, Comissão Feminina do Carnaval de Rua e Fórum dos Blocos.
"O 'Esquenta de Carnaval', como ficou conhecido o CarnaJulho, agora cancelado, entra para a longa lista de demonstrações de descaso com o setor do carnaval de rua demonstrados pela Secretaria Municipal de Cultura. Mesmo assim, reiteramos que quem cancela o Carnaval não é a ausência de empresa patrocinadora. O Carnaval se faz no momento que pessoas se reúnem na rua pública para brincar, batucar, cantar e serem felizes. Blocos em arranjos diversos vão sair em julho, nos dias 16 e 17, exercendo seu direito legitimo de manifestação cultural garantido pela Constituição."
Os coletivos de blocos dizem também que souberam do cancelamento da festividade pela imprensa e que o cancelamento causou transtorno aos blocos que já estavam na preparação e contratação de fornecedores.
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