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Ex-companheiro invade pastelaria, atira seis vezes contra a mulher e foge armado com duas pistolas | Reprodução/SBT
Quatro grandes casos de agressões contra mulheres repercutiram nacionalmente, nesta semana, e resgataram o debate sobre violência de gênero e feminicídio. Apenas em dois destes episódios, os suspeitos foram presos.
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Os casos de feminicídio no ano de 2025 tiveram um aumento de 8%, no estado de São Paulo, em relação ao mesmo período analisado em 2024. Entre janeiro e outubro deste ano, foram registradas 207 ocorrências contra 191 em 2024.
Dentre estes números, existem alguns casos recentes que ganharam espaço na mídia, como o caso de Tainara Santos, que foi atropelada e arrastada pelo ex-companheiro no último sábado (29/11).
Douglas Alves da Silva, de 26 anos, arrastou a ex-companheira por mais de um quilômetro. Ele foi preso na noite de domingo (30/11), passou por audiência de custódia no dia seguinte e segue preso. Tainara foi transferida na quarta-feira (3/12) para o Hospital das Clínicas, na região central da capital, após dias internada no Hospital Municipal Vereador José Storopolli, na Zona Norte.
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Ela teve as pernas amputadas e está internada, se recuperando. Antes da transferência, ela precisou passar por quatro cirurgias.
Além do caso Tainara, outra ocorrência noticiada pela Gazeta, repercutiu nacionalmente. Foi o caso da mulher de 38 anos que foi vítima de tentativa de feminicídio nesta segunda-feira (1°/12), na zona norte de São Paulo.
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Ela foi abordada pelo ex-companheiro enquanto estava trabalhando e atingida por seis tiros. Bruno Lopes Fernandes Barreto, de 36 anos, portava duas pistolas e disparou contra a ex-namorada. Ele já vinha ameaçando-a desde o término do relacionamento.
Evelin de Souza Saraiva foi socorrida pelo helicóptero Águia da PM e transferida para o Hospital das Clínicas, onde passou por cirurgia e foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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Já no centro de São Paulo, câmeras do sistema de monitoramento da Prefeitura, o Smart Sampa, flagraram um caso de agressão e tentativa de feminicídio. O suspeito foi preso por agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM). O caso aconteceu na manhã de terça-feira (2/12).
As imagens mostram o homem enforcando a mulher e a derrubando no chão. Em resposta imediata, a equipe da GCM mais próxima do local é acionada pela central de monitoramento e chega a tempo de interromper os golpes, imobilizando o agressor.
Houve também o caso do influenciador Thiago da Cruz Schoba, intitulado Thiago Schultz, e popularmente conhecido como “Calvo do Campari”, que foi preso em flagrante sob a acusação de violência doméstica.
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O caso aconteceu na sexta-feira da semana passada (28/11). O influenciador foi liberado após a audiência de custódia. A mulher que acionou a polícia contra Thiago o denunciou por agressão e tentativa de estupro.
O crime de feminicídio foi tipificado em lei federal em março de 2015 e, a partir de abril do mesmo ano, passaram a ser contabilizados crimes desta natureza. Em 2015, foram registrados na cidade de São Paulo seis feminicídios, contra 53 ocorrências em 2025 (janeiro a outubro).
Como resposta, deputadas da Bancada Feminista do PSOL elaboraram pedidos de instauração da CPI do Feminicídio na Assembleia Legislativa de SP (Alesp) e na Câmara Municipal.
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Conforme as parlamentares, apesar da recente Lei n° 14.994, de 2024, que tornou o feminicídio um crime autônomo e aumentou o rigor punitivo, é necessário investigar as causas, razões, motivações e consequências.
“Estamos vivendo uma epidemia de violência de gênero, muito impulsionada pela cultura do machismo e pelo discurso de ódio contra mulheres, propagados nas redes pelos chamados Red Pills. O impacto dessas ações estamos vendo com aumento alarmante do número de feminicídios e o poder público precisa tomar providências urgentes”, explicou a Bancada Feminista, em nota.
PAra saírem do papel, as CPIs precisam ser aprovadas e instaladas por ambas as Casas.
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