A+

A-

Alternar Contraste

Sexta, 05 Dezembro 2025

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Semana fica marcada por repercussão nacional de tentativas de feminicídio

Violência de gênero volta ao centro do debate após séries de ataques registrados no Estado

Thacio Mello

05/12/2025 às 17:30

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Ex-companheiro invade pastelaria, atira seis vezes contra a mulher e foge armado com duas pistolas

Ex-companheiro invade pastelaria, atira seis vezes contra a mulher e foge armado com duas pistolas | Reprodução/SBT

Quatro grandes casos de agressões contra mulheres repercutiram nacionalmente, nesta semana, e resgataram o debate sobre violência de gênero e feminicídio. Apenas em dois destes episódios, os suspeitos foram presos.

Continua depois da publicidade

Os casos de feminicídio no ano de 2025 tiveram um aumento de 8%, no estado de São Paulo, em relação ao mesmo período analisado em 2024. Entre janeiro e outubro deste ano, foram registradas 207 ocorrências contra 191 em 2024.

Dentre estes números, existem alguns casos recentes que ganharam espaço na mídia, como o caso de Tainara Santos, que foi atropelada e arrastada pelo ex-companheiro no último sábado (29/11).

Douglas Alves da Silva, de 26 anos, arrastou a ex-companheira por mais de um quilômetro. Ele foi preso na noite de domingo (30/11), passou por audiência de custódia no dia seguinte e segue preso. Tainara foi transferida na quarta-feira (3/12) para o Hospital das Clínicas, na região central da capital, após dias internada no Hospital Municipal Vereador José Storopolli, na Zona Norte.

Continua depois da publicidade

Ela teve as pernas amputadas e está internada, se recuperando. Antes da transferência, ela precisou passar por quatro cirurgias.

Ataque a tiros

Além do caso Tainara, outra ocorrência noticiada pela Gazeta, repercutiu nacionalmente. Foi o caso da mulher de 38 anos que foi vítima de tentativa de feminicídio nesta segunda-feira (1°/12), na zona norte de São Paulo.

Continua depois da publicidade

Ela foi abordada pelo ex-companheiro enquanto estava trabalhando e atingida por seis tiros. Bruno Lopes Fernandes Barreto, de 36 anos, portava duas pistolas e disparou contra a ex-namorada. Ele já vinha ameaçando-a desde o término do relacionamento.

Evelin de Souza Saraiva foi socorrida pelo helicóptero Águia da PM e transferida para o Hospital das Clínicas, onde passou por cirurgia e foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Continua depois da publicidade

Já no centro de São Paulo, câmeras do sistema de monitoramento da Prefeitura, o Smart Sampa, flagraram um caso de agressão e tentativa de feminicídio. O suspeito foi preso por agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM). O caso aconteceu na manhã de terça-feira (2/12).

As imagens mostram o homem enforcando a mulher e a derrubando no chão. Em resposta imediata, a equipe da GCM mais próxima do local é acionada pela central de monitoramento e chega a tempo de interromper os golpes, imobilizando o agressor.

Houve também o caso do influenciador Thiago da Cruz Schoba, intitulado Thiago Schultz, e popularmente conhecido como “Calvo do Campari”, que foi preso em flagrante sob a acusação de violência doméstica.

Continua depois da publicidade

O caso aconteceu na sexta-feira da semana passada (28/11). O influenciador foi liberado após a audiência de custódia. A mulher que acionou a polícia contra Thiago o denunciou por agressão e tentativa de estupro.

Crime de feminicídio

O crime de feminicídio foi tipificado em lei federal em março de 2015 e, a partir de abril do mesmo ano, passaram a ser contabilizados crimes desta natureza. Em 2015, foram registrados na cidade de São Paulo seis feminicídios, contra 53 ocorrências em 2025 (janeiro a outubro).

Como resposta, deputadas da Bancada Feminista do PSOL elaboraram pedidos de instauração da CPI do Feminicídio na Assembleia Legislativa de SP (Alesp) e na Câmara Municipal. 

Continua depois da publicidade

Conforme as parlamentares, apesar da recente Lei n° 14.994, de 2024, que tornou o feminicídio um crime autônomo e aumentou o rigor punitivo, é necessário investigar as causas, razões, motivações e consequências.

“Estamos vivendo uma epidemia de violência de gênero, muito impulsionada pela cultura do machismo e pelo discurso de ódio contra mulheres, propagados nas redes pelos chamados Red Pills. O impacto dessas ações estamos vendo com aumento alarmante do número de feminicídios e o poder público precisa tomar providências urgentes”, explicou a Bancada Feminista, em nota.

PAra saírem do papel, as CPIs precisam ser aprovadas e instaladas por ambas as Casas.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados