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Cotidiano
A reforma do museu foi um dos principais projetos encaminhados pelo tucano em sua gestão, que reuniu dezenas de empresários e captou recursos junto ao setor privado para custear as obras
06/09/2022 às 08:46 atualizado em 06/09/2022 às 08:47
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Para viabilizar-se eleitoralmente, Garcia tem evitado menções a Doria | Arquivo/Governo do Estado de São Paulo
O ex-governador João Doria (PSDB) participará do evento de reinauguração do Museu do Ipiranga nesta terça-feira (6) e deverá ter destaque, com tempo de discurso na cerimônia e uma placa em sua homenagem. A reforma do museu foi um dos principais projetos encaminhados pelo tucano em sua gestão, que reuniu dezenas de empresários e captou recursos junto ao setor privado para custear as obras.
Segundo o governo, o custo total da obra foi de R$ 235 milhões. Cerca de dois terços desse valor são oriundos de lei de incentivo federal, a Rouanet, e um terço vem de aportes do governo estadual, da USP e de patrocínio direto das empresas.
A volta de Doria aos holofotes preocupa seu sucessor, Rodrigo Garcia (PSDB), que está em campanha pela reeleição. Os adversários têm usado o horário eleitoral para reforçar a ligação entre os dois tucanos e colar em Garcia a rejeição associada ao seu padrinho.
"Doria e Rodrigo, Rodrigo e Doria, a mesma história, velhos amigos, mesmo governo, mesmo perigo", diz a vinheta do PT no horário gratuito eleitoral divulgado no rádio, por exemplo.
Pesquisa Datafolha realizada em abril mostrou que, na época, 66% dos eleitores diziam que não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado por Doria, que viu sua rejeição disparar após medidas de combate à pandemia (como o fechamento de comércios) e embates com o presidente Jair Bolsonaro (PL) a respeito do tema.
Para viabilizar-se eleitoralmente, Garcia tem evitado menções a Doria. O atual governador não comparecerá à cerimônia de reinauguração devido à lei eleitoral e enviará Marcos Penido, secretário de Governo, como seu representante. Na quarta-feira (7), ele visitará o museu com alunos da rede estadual, segundo sua agenda.
Para Fernando Alfredo, presidente do diretório paulistano do PSDB, é um erro fomentar algum tipo de divisão entre Rodrigo e Doria.
"O João foi o maior incentivador da reforma do museu, ele que buscou recursos na iniciativa privada. Quem acha que a visita dele joga contra o Rodrigo está jogando contra a história do PSDB em São Paulo", diz.
Segundo Alfredo, foi Doria quem pavimentou o caminho para que o atual governador assumisse um papel de liderança política. "O João é um dos grandes responsáveis por essa trajetória vitoriosa do Rodrigo", afirma.
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