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Cotidiano

Educação nas escolas é a chave para reduzir mortes no trânsito

Especialistas defendem que a solução passa também pela inclusão da educação sobre trânsito no ambiente escolar

Monise Souza

19/09/2025 às 08:30

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Para o Detran-SP, para reduzir as mortes demandas precisam virar política pública

Para o Detran-SP, para reduzir as mortes demandas precisam virar política pública | Divulgação/PMSP

O trânsito ainda é uma das principais causas de morte no Brasil, especialmente entre jovens de 5 a 29 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Em 2024, o país registrou mais de 30 mil óbitos em ruas e rodovias. Especialistas defendem que a solução passa não apenas por mudanças na infraestrutura urbana, mas pela inclusão da educação viária no ambiente escolar.

“Precisamos transformar esse diagnóstico terrível em política pública”, afirma Roberta Montovani, Diretora de Segurança Viária no Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP.

Educação como ponte

Segundo Roberta, campanhas educativas já alcançaram 350 municípios paulistas em 2024, mas o desafio é ampliar o alcance e formar novas gerações conscientes.

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“Esse enfrentamento não se resolve em um ano. É uma estratégia de longo prazo, que exige integração entre escolas, prefeituras e órgãos de trânsito”, completa.

Para Rafaella Basile, coordenadora de mobilidade e segurança viária, a educação deve caminhar junto com a infraestrutura.

“É impossível fiscalizar cada trecho de rua ou cruzamento. O desenho das vias orienta o comportamento seguro, mas é a educação que prepara o cidadão para respeitar essas regras desde cedo”, diz.

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De acordo com especialistas, a educação viária deve integrar a grade escolar como disciplina transversal, abordando desde noções básicas de segurança para pedestres até o uso responsável de bicicletas, transporte público e, futuramente, veículos.

“É uma mudança de paradigma. Quando a população entende, desde cedo, que o pedestre vem em primeiro lugar na pirâmide da mobilidade, conseguimos criar um trânsito mais humano e menos letal”, conclui Rafaella.

Além disso, outras medidas podem ser tomadas. Especialistas defendem que realizar reformas estruturais no desenho das vias urbanas também podem reduzir riscos de mortes no trânsito

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Ações já realizadas

A Gazeta entrou em contato com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) que informou que em parceria com o Detran-SP, está desenvolvendo um projeto-piloto em escolas da rede estadual com foco em segurança viária.

De acordo com a secretaria, o tema já está previsto no Currículo Paulista de forma transversal e será trabalhado dentro do eixo “Educação” do Plano Estadual de Segurança Viária, apresentado hoje pelo Detran. 

A Seduc-SP também reiterou que o Detran-SP já realizou atividades em algumas unidades e seguirá expandindo a ação para outras escolas. A próxima participação confirmada é na Escola Estadual Professor Armando Gonçalves – PEI, no sábado (20/9) e no dia 30/9. Outras unidades no Estado, ainda terão as datas confirmadas.

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A reportagem também falou com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que informou que já existem vertentes educacionais sobre o trânsito em São Paulo.

Iniciativas gratuitas

O Centro de Treinamento e Educação de Trânsito (CETET) oferece cursos gratuitos, presenciais e a distância, voltados a diferentes públicos. Há atividade para alunos do ensino básico, especialmente crianças e adolescentes de 4 a 17 anos, com ênfase na segurança do pedestre e na responsabilidade do futuro motorista.

Além disso, são promovidos cursos para a capacitação de profissionais da Educação Infantil, do Ensino Fundamental II e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), com o objetivo de formar agentes multiplicadores em educação para o trânsito.

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A CET também informou que há 15 anos o Prêmio CET mobiliza a sociedade paulistana a refletir sobre segurança viária, reunindo estudantes da Educação Infantil ao Ensino Superior e seus educadores. 

Como parte das ações do movimento Maio Amarelo, o programa “Na Pista Certa” ensina crianças sobre as regras de trânsito de forma lúdica, utilizando teatro de fantoches e uma cidade cenográfica com vias sinalizadas, bicicletas e triciclos.

Outra iniciativa são as mini cidades, espaços lúdicos e itinerantes que reproduzem elementos de uma cidade em escala reduzida. Neles, alunos da Educação Infantil, a partir dos 3 anos, e do Ensino Fundamental, até 12 anos, participam de aulas práticas que estimulam hábitos e comportamentos para uma mobilidade segura.
 

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