Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
O presidente do Supremo, ministro Luiz Fux determinou a prisão do traficante André do Rap | Rosinei Coutinho/SCO/STF
A maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira (14) manter a prisão do traficante conhecido como André do Rap, que foi determinada pelo presidente da Corte, ministro Luiz Fux. O traficante é um dos líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e está foragido, após ter sido solto graças a uma liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello no sábado (10).
Continua depois da publicidade
Votaram nesse sentido, além de Fux, os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Dias Toffoli. A sessão foi encerrada e o julgamento será concluído nesta quinta-feira (15).
Marco Aurélio mandou soltar o traficante com base no parágrafo único do artigo 316 do CPP (Código de Processo Penal), que impõe à Justiça a necessidade de revisar, a cada 90 dias, os mandados de prisão preventiva. "Uma vez não constatado ato posterior sobre a indispensabilidade da medida, formalizada nos últimos 90 dias, tem-se desrespeitada a previsão legal, surgindo o excesso de prazo", argumentou.
Leia mais
Continua depois da publicidade
Fux, por sua vez, julgou procedente uma suspensão de liminar apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e revogou o despacho do colega. O presidente do tribunal afirmou que a soltura do chefe do PCC compromete a ordem pública e que se trata de uma pessoa "de comprovada altíssima periculosidade".
Segundo o magistrado, André do Rap é investigado por "participação de alto nível hierárquico em organização criminosa" e tem histórico de foragido da Justiça por mais de cinco anos.
Na terça-feira (13), Fux decidiu remeter o caso ao plenário. Além de analisar a forma correta de interpretar o trecho da lei do Código de Processo Penal, os ministros também devem discutir os limites do poder do presidente da corte para suspender decisões de colegas.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade