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Cotidiano

Pacaembu completa 80 anos na memória afetiva dos paulistanos

Estádio na zona oeste da Capital se tornou um dos símbolos mais charmosos da maior cidade do País

Bruno Hoffmann

27/04/2020 às 10:21  atualizado em 07/05/2021 às 12:11

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Estádio do Pacaembu, na zona oeste de São Paulo

Estádio do Pacaembu, na zona oeste de São Paulo | Edsom Luiz Jr/SECOM

Palco de seis partidas de Copa do Mundo de 1950 e de grandes momentos do futebol paulista, o estádio do Pacaembu completa 80 anos nesta segunda-feira. Inaugurado em 27 de abril de 1940, a construção na zona oeste da Capital se tornou um dos símbolos mais charmosos da maior cidade do País.

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Hoje, o Pacaembu está concedido à iniciativa privada até 2055, abriga o Museu do Futebol e, após a pandemia do novo coronavírus, se tornou o primeiro hospital de campanha da cidade para receber pacientes de baixa e média complexidade com Covid-19 e, assim, desafogar o sistema público de saúde.

A história do estádio Paulo Machado de Carvalho (assim batizado em homenagem ao fundador da TV Record que chefiou a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1958) se identificou mais com o Corinthians. Mas também abrigou partidas históricas do Palmeiras, São Paulo e Santos, além de clubes menores do Estado.

No gramado paulistano, Pelé, o maior jogador do futebol mundial, fez partidas históricas. “Participei de momentos memoráveis no Pacaembu, onde vencemos vários campeonatos importantes e fiz muitos gols”, relembra o Rei. Por lá também jogou gente como Rivellino, Ademir da Guia, Zizinho e tantos outros gênios que já vestiram as camisas dos grandes paulistas.

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As suas "arquibancadas frias" passaram a ser menos ocupadas a partir de 2014, quando o Corinthians inaugurou a sua arena na zona leste de São Paulo. De lá para cá abrigou algumas partidas do Santos, quando a diretoria decidia mandar os jogos diante da sua torcida na Capital.

CONCESSÃO

No início deste ano, a gestão Bruno Covas (PSDB) conseguiu aprovar a concessão do estádio pelo prazo de 35 anos pelo valor calculado de R$ 752 milhões. Entre as novidades, o novo gestor anunciou a demolição da arquibancada conhecida como tobogã. As obras estavam previstas para serem iniciadas em junho. A Associação Viva Pacaembu (AVP) tenta impedir a demolição do tobogã na Justiça.

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O estádio é tombado desde 1994 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo [Condephaat]. A ideia da concessionária é derrubar o tobogã e construir no local um prédio com restaurantes e lojas, entre outros comércios e serviços.

A AVP também contesta o fato de o lugar poder ser palco de atividades não esportivas. “Querem transformar o complexo esportivo em um local para entretenimento, e defendemos que se mantenha como um local esportivo. Chama a atenção também que devem começar a cobrar pelo estacionamento neste equipamento municipal. É um movimento de afastar ainda mais a população do local”, acredita Sergio Livovschi, advogado e diretor jurídico da AVP, em entrevista à Gazeta em janeiro deste ano.

MEMÓRIA AFETIVA

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Pelo Twitter, clubes e internautas usaram a hashtag #Pacaembu80Anos para homenagear o estádio. Veja algumas mensagens:

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— Corinthians (de ) (@Corinthians) April 27, 2020

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— Marcio Guerra (@marciobguerra) April 27, 2020

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— Museu do Futebol (@museudofutebol) April 27, 2020

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Conheça todas as histórias e fatos desse romântico paulista no Imortais! #Pacaembu80Anoshttps://t.co/Fs6qv8acrN pic.twitter.com/g1y6RbN1XD

— Imortais do Futebol (@imortaisfutebol) April 27, 2020

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— HugoBezerraDaSilva (@hugobzrj) April 27, 2020

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