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Cotidiano

Paredão em Capitólio caiu devido a causas naturais, conclui investigação

O alerta de fortes chuvas emitido na manhã do acidente não chegou ao conhecimento dos pilotos dos barcos com turistas

04/03/2022 às 15:19  atualizado em 04/03/2022 às 15:31

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Registro da represa de Furnas em Capitólio

Registro da represa de Furnas em Capitólio | Bruna Grassi /Folhapress

A Polícia Civil de Minas Gerais encerrou a investigação sobre a queda do paredão que matou dez pessoas numa lancha no lago de Furnas, em Capitólio, em 8 de janeiro deste ano, e concluiu que a tragédia ocorreu devido a causas naturais, sem influência humana.

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A investigação determinou ainda que não havia indícios aparentes que pudessem apontar para o desprendimento do paredão.


Ao mesmo tempo, verificou que outros pontos próximos ao local do acidente apresentam problemas semelhantes, visíveis, e que quedas semelhantes poderão ocorrer.


Os passeios de lancha pela região estão proibidos desde o dia do acidente.

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Conforme perícia geológica realizada pela corporação, a queda do paredão ocorreu por dois motivos.


Na parte inferior, por correnteza provocada por cachoeira que desemboca no lago e fica próxima à rocha, e, em sua parte superior, pela ação do vento e da chuva no próprio bloco que se desprendeu, cuja constituição física, de muitas fendas horizontais e verticais, chamadas fraturas, ajuda na influência de agentes naturais.


O paredão que se desprendeu e caiu sobre a embarcação tinha 900 toneladas, conforme cálculos da Polícia Civil. No momento do acidente havia no local oito lanchas e uma moto aquática.

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A embarcação em que estavam as vítimas se chamava Jesus e tinha, além do piloto, nove turistas.


As investigações apontaram que os pilotos que navegavam com turistas pela região no dia do acidente, e conseguiram escapar do local, não tinham conhecimento de alerta emitido pela Defesa Civil de Minas Gerais na manhã do dia 8. O acidente ocorreu no início da tarde.


Segundo o delegado regional de Passos, Marcos Pimenta, responsável pelas investigações em Capitólio, é possível que os pilotos já tivessem saído para o lago no momento do alerta.

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O aviso, segundo o delegado, não falava especificamente da possibilidade de queda de paredões às margens de Furnas, mas sobre a incidência de chuvas fortes chuvas na região.


Pimenta disse ainda que uma investigação sobre a tragédia posta em curso pela Marinha poderá apontar se os pilotos das embarcações poderiam ser responsabilizados por não terem tomado conhecimento do alerta.


A reportagem entrou em contato com a Marinha e aguarda retorno.

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Causas


O perito em geologia da Polícia Civil que emitiu laudo sobre o que ocasionou a queda do paredão, Otávio Guerra, afirmou não ser possível dizer exatamente há quanto tempo o paredão vinha sendo desgastado pela correnteza provocada pela cachoeira e pela chuva e vento.


"Não foi um único evento. Foi uma sequência de ocorrências que vêm existindo há centenas, talvez milhares de anos", analisou.

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O inquérito será enviado para o Ministério Público de Minas Gerais, que poderá pedir novas investigações ou concordar com a conclusão do caso.

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