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Cotidiano
Árvore gigante e podre que colocava em risco quem passava pelo local foi retirada após mais de 2 anos de reclamações dos moradores
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Agentes da Subprefeitura da Vila Mariana retiram árvore que colocava moradores em risco | Reprodução
Uma árvore enorme e que estava para cair a qualquer momento na rua Loureiro Batista, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, finalmente foi retirada pela Prefeitura de São Paulo após mais de dois anos de apelos de moradores. O trabalho foi feito na última sexta-feira (19), uma semana depois de a Gazeta revelar o temor de pessoas com a estrutura, que estava com a raiz podre e que a cada dia ficava mais pensa sobre a via.
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A atuação da Subprefeitura da Vila Mariana de retirar "o mal pela raiz" tinha começado um dia antes, mas, segundo uma moradora ouvida pela reportagem, a ação foi parada antes do fim.
"Abortaram a missão. Foram embora dizendo que precisavam atender a uma emergência e 'falar com a Enel'", explicou ela.
Pouco tempo depois, técnicos da Enel foram ao local para cortar os galhos próximos à fiação. No dia seguinte, enfim, os agentes da subprefeitura terminaram o trabalho, para alívio de dezenas de pessoas.
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A gestão municipal havia reconhecido há meses que a espécie oferecia perigo, segundo protocolos enviados por leitores à reportagem.
Entenda o caso
Moradores da rua Loureiro Batista, na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo, conviveram por cerca de dois anos com o risco iminente da queda da árvore gigante e em processo de apodrecimento, que, dia após dia, parecia inclinar mais. Eles dizem que a prefeitura foi alertada diversas vezes, mas até então não havia feito o trabalho de remoção da árvore do local.
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A promotora de Justiça Cinthia Gonçalves Pereira, que vive em uma casa quase em frente do local, procurou a reportagem da Gazeta há duas semanas para reclamar da demora da prefeitura.
"Há uns dois anos fizemos uma denúncia sobre essa árvore podre na rua. Veio a Defesa Civil, que instaurou um procedimento no 156 [telefone de solicitação de serviços da gestão municipal]. A prefeitura concluiu que a árvore tinha sido envenenada e que havia crime ambiental. Porém, desde então, a árvore permanece lá, cada dia mais inclinada", alertou.
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Reprodução
Ela contou à reportagem que a Defesa Civil retornou ao local em 9 de agosto deste ano, e um agente da entidade afirmou que a árvore realmente deveria ser removida "para ontem".
"Só que a Subprefeitura da Vila Mariana disse que não pode remover a árvore enquanto não for apurado esse 'crime' [de envenamento da árvore], mesmo com a árvore inclinando cada vez mais e destruindo a calçada", completou a promotora.
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O professor aposentado Rubens Possati também disse que estava apavorado com o risco de queda da estrutura.
"Ela é muito grande. Pode cair nos fios de alta tensão, ou nos carros, ou nas pessoas, nas crianças. A árvore está seca, mas é gigante. Aquele tronco é pesadíssimo e muito perigoso", alertou.
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A reportagem, então, entrou em contato com a Prefeitura de São Paulo para esclarecer a situação. Na resposta, diversas secretarias municipais informaram que iriam "solicitar à Administração Regional a imediata remoção do exemplar arbóreo, em caráter emergencial".
O trabalho foi realizado uma semana depois.
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