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As grandes redes de farmácia concentram a maior parte das vendas | Reprodução/YouTube
A presença constante de drogarias nos centros urbanos e até em bairros pequenos revela não apenas o crescimento no consumo de medicamentos, mas também o novo papel desses estabelecimentos, que passaram a oferecer cuidado rápido, orientação profissional e acesso facilitado a serviços de saúde.
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Nos últimos anos, o Brasil tem registrado a abertura contínua de novos pontos de venda, movimentando cifras bilionárias e consolidando o setor como um negócio quase antifrágil, que se desenvolve mesmo em momentos econômicos difíceis.
De acordo com dados apontados por entidades do setor, o País chega a registrar a inauguração média de 22 farmácias por dia.
Essa expansão é impulsionada pelo envelhecimento da população, pela digitalização dos serviços de saúde, por mudanças regulatórias e pela atuação cada vez mais intensa das grandes redes, que vêm transformando a função do farmacêutico e ampliando o protagonismo da farmácia clínica no cuidado ao paciente.
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Um dos pontos centrais para entender esse fenômeno é o envelhecimento acelerado da população brasileira, que aumenta a busca por medicamentos de uso contínuo e por ações de prevenção de doenças crônicas.
Com mais pessoas idosas, cresce a necessidade de fármacos e de serviços ligados ao acompanhamento regular, tornando a farmácia um local estratégico de acesso à saúde, especialmente em municípios onde a estrutura básica ainda é limitada.
Além disso, órgãos representativos do setor, como associações e entidades nacionais ligadas ao varejo farmacêutico, reforçam que o perfil de consumo mais voltado à conveniência e a facilidade para empreender no ramo também explicam o grande número de novas lojas.
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Para essas instituições, a farmácia se tornou uma alternativa de negócio atrativa devido à demanda constante e ao papel essencial que exerce no dia a dia da população.
A farmácia deixou de ser vista apenas como um comércio tradicional e passou a funcionar como um ponto de conveniência em saúde, oferecendo soluções rápidas para quem precisa de medicamentos, produtos de bem-estar ou orientações simples.
Em diversas regiões, ela se tornou a porta de entrada mais acessível dos serviços de saúde, aproximando moradores de atendimentos que antes exigiam deslocamento longo ou longos períodos de espera em unidades públicas.
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A digitalização e a telemedicina mudaram o funcionamento das farmácias, que agora oferecem muito mais do que a simples dispensação de remédios.
Testes rápidos, vacinação, acompanhamento clínico, aplicativos próprios, integração com planos de saúde e programas de fidelidade transformaram esses espaços em centros de saúde próximos da comunidade.
Além disso, teleconsultas com médicos, nutricionistas e outros profissionais permitem que o paciente resolva várias demandas no mesmo local, aumentando a sensação de praticidade e eficiência.
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Essa combinação de proximidade, tecnologia e conveniência fortalece a presença das farmácias na rotina das pessoas e amplia o papel do farmacêutico clínico como elo entre a população e o sistema de saúde.
Mudanças regulatórias também contribuíram para a ampliação das funções das farmácias, autorizando a comercialização de itens de conveniência, cosméticos, alimentos e produtos de bem-estar no mesmo ambiente onde são vendidos medicamentos.
Com isso, as farmácias passaram a operar como verdadeiros minimercados da saúde, reunindo em um único espaço opções que vão desde remédios até produtos de higiene, beleza e nutrição.
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Esse modelo aumenta o fluxo de clientes e diversifica as fontes de receita, mas exige ao mesmo tempo uma gestão mais profissionalizada e uma atuação cada vez mais estratégica do farmacêutico.
Há ainda discussões no setor sobre a possibilidade de supermercados e atacarejos expandirem a venda de medicamentos isentos de prescrição, o que pode aumentar a concorrência e pressionar as farmácias a se diferenciarem por meio do serviço clínico e da segurança no atendimento ao paciente.
A expansão de grandes redes nacionais e regionais resultou em um ambiente de forte consolidação, impulsionado pelo alto poder de negociação com a indústria, investimentos em marketing e crescimento acelerado do número de lojas.
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Esse cenário pressiona as farmácias independentes, que precisam apostar em nichos específicos, atendimento próximo e serviços diferenciados para continuar competitivas.
O mercado, cada vez mais exigente e seletivo, abre espaço para profissionais qualificados e reduz oportunidades para quem permanece em uma atuação limitada apenas ao balcão.
As grandes redes buscam farmacêuticos com visão clínica, familiaridade com protocolos de cuidado e habilidade para participar de programas de acompanhamento do paciente, enquanto as farmácias menores dependem desse mesmo perfil para cultivar relacionamento, confiança e fidelidade da comunidade.
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Além disso, redes associativistas e entidades de apoio ao varejo independente têm contribuído para a expansão de pequenos negócios, oferecendo suporte de gestão, capacitação e negociação, o que ajuda a impulsionar o número elevado de novas unidades no País.
O crescimento do número de farmácias no Brasil só traz benefícios reais quando acompanhado de uma evolução clara no papel do farmacêutico, que precisa ir além da visão restrita ao balcão e assumir sua função como especialista em medicamentos e no cuidado ao paciente.
O profissional que domina a farmácia clínica, a atenção farmacêutica e a comunicação com o público se torna essencial em um cenário marcado por polifarmácia, automedicação e envelhecimento populacional.
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Cursos de graduação atualizados, especializações e pós-graduações em áreas como farmácia clínica, hospitalar e atenção farmacêutica surgem como caminhos importantes para quem deseja se destacar em meio à forte competitividade do varejo farmacêutico.
Em um País onde há farmácia em praticamente toda esquina, o diferencial deixou de ser o preço ou o endereço e passou a ser o conhecimento, a responsabilidade ética e a capacidade de orientar o uso racional dos medicamentos, contribuindo para uma saúde com mais propósito.
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