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Vitamina de manga era uma receita proibida nas gerações antigas | Miansari66/Wikimedia Commons
Você já deve ter ouvido de pessoas mais velhas da família que manga e leite formam uma mistura não muito saudável. Segundo o mito, beber os dois juntos, ou tomar um copo de leite após comer a fruta, mata.
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De onde vem o mito? A manga, em contato com as proteínas do leite, pode mesmo chegar a matar um ser humano? Há algum registro disso acontecendo? Entenda agora:
Segundo a nutricionista Tarcila Campos, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a mistura não traz perigo algum para o organismo. Muito pelo contrário:
“É o raciocínio para qualquer tipo de vitamina. A maior parte das frutas que misturamos com leite vem dessa propriedade nutricional, de ter vitamina, mineral e frutose. E a manga nada mais é do que uma delas”, afirma.
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A manga é rica em vitamina C, antioxidante importante para diversos processos do corpo, e vitamina A, essencial para o funcionamento dos olhos. Já o leite é famoso por possuir alta concentração de cálcio, para os ossos.
A mistura dos dois na verdade é bastante saudável, e traz diversos benefícios para a saúde. Porém, o leite pode não ser a melhor escolha para intolerantes à lactose e quem possui alergia à proteína do leite.
Segundo alguns pesquisadores, o mito de manga com leite matar vem do período da escravidão no Brasil. A manga é uma fruta muito cultivada no nordeste, principalmente no Vale do São Francisco.
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Já o leite, especialmente antes da invenção da pasteurização do leite, processo de conservação industrial do produto, era bastante escasso e reservado principalmente aos senhores da casa-grande.
Espalhar que a manga, cultivada pelos próprios escravizados, faz mal junto com leite, era uma maneira de impedir que o líquido fosse tomado pela senzala.
“O leite era um alimento bastante raro, e caro, exclusivo dos patrões, os senhores de engenho. Como eles não queriam que essa preciosidade fosse consumida por escravizados, inventaram e espalharam a lenda, que sobreviveu até hoje ", afirma a nutricionista Anita Sachs.
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