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Conheça a basílica que guarda o suposto crânio de Maria Madalena

Descubra a história, os mistérios e as relíquias atribuídas a Maria Madalena, incluindo o crânio preservado em uma basílica no sul da França

Raphael Miras

10/02/2025 às 19:30

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O crânio, considerado uma relíquia preciosa, permanece em uma caixa lacrada na Igreja de Saint-Maximin-la-Sainte-Baume

O crânio, considerado uma relíquia preciosa, permanece em uma caixa lacrada na Igreja de Saint-Maximin-la-Sainte-Baume | Wikimedia Commons e Dominio público

Figura central nos evangelhos canônicos, Maria Madalena teria acompanhado Jesus, testemunhado sua crucificação e teria sido a primeira a anunciar sua ressurreição. No entanto, sua identidade tem sido alvo de debates há dois mil anos. 

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A seguidora de Cristo já foi retratada como discípula devota, pecadora arrependida e até mesmo esposa do Messias. 

Além disso, relíquias atribuídas a ela, como um crânio e ossos, dividem opiniões e alimentam o mistério sobre seu verdadeiro destino.

Aliás, a existência do próprio Cristo ainda é questionada, embora haja evidências científicas da sua passagem pela Terra.

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A discípula e a confusão histórica

Conhecida como Maria de Magdala, referência à cidade pesqueira na costa oeste do Mar da Galileia, a seguidora de Jesus foi uma das poucas mulheres mencionadas nos evangelhos que o apoiavam com seus próprios recursos. 

Antigos textos cristãos indicam que sua influência era comparável à de Pedro, levando a especulações sobre um possível relacionamento íntimo com o Messias. Ao longo dos séculos, interpretações distintas moldaram sua imagem.

Em 1279, um crânio atribuído a ela foi descoberto na cripta da Basílica de Saint-Maximin-la-Sainte-Baume. Foto: Reprodução/Youtube/Jornada Infinita com Rodrigo Alvarez
Em 1279, um crânio atribuído a ela foi descoberto na cripta da Basílica de Saint-Maximin-la-Sainte-Baume. Foto: Reprodução/Youtube/Jornada Infinita com Rodrigo Alvarez
Além do crânio, outras partes do corpo de Maria Madalena foram identificadas em diferentes locais. Foto: Reprodução/Youtube/Jornada Infinita com Rodrigo Alvarez
Além do crânio, outras partes do corpo de Maria Madalena foram identificadas em diferentes locais. Foto: Reprodução/Youtube/Jornada Infinita com Rodrigo Alvarez
O crânio atribuído a ela foi descoberto na cripta da Basílica de Saint-Maximin-la-Sainte-Baume. Além do crânio, a igreja guarda o 'noli me tangere', um pedaço de carne e pele da testa da seguidora de Jesus. Foto: Wikimedia Commons
O crânio atribuído a ela foi descoberto na cripta da Basílica de Saint-Maximin-la-Sainte-Baume. Além do crânio, a igreja guarda o 'noli me tangere', um pedaço de carne e pele da testa da seguidora de Jesus. Foto: Wikimedia Commons
Figura central nos evangelhos canônicos, Maria Madalena acompanhou Jesus, testemunhou sua crucificação e foi a primeira a anunciar sua ressurreição. Foto: Wikimedia Commons
Figura central nos evangelhos canônicos, Maria Madalena acompanhou Jesus, testemunhou sua crucificação e foi a primeira a anunciar sua ressurreição. Foto: Wikimedia Commons

Em 591 d.C., o papa Gregório I contribuiu para uma das maiores confusões sobre sua identidade ao associá-la erroneamente a Maria de Betânia e a uma mulher pecadora que ungiu os pés de Jesus. 

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Com isso, consolidou-se a crença de que Maria Madalena teria sido uma prostituta, visão que só foi oficialmente desfeita pela Igreja Católica em 1969.

Entre os mistérios envolvendo Jesus, a Gazeta já explorou, por exemplo, qual a real aparência que ele teria apresentado em carne e osso.

A fuga e os anos finais

Relatos da tradição cristã indicam que, após a morte de Jesus, Maria Madalena, junto com Lázaro e Maximino, fugiu da Terra Santa para Saintes-Maries-de-la-Mer, na França. 

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Lá, teria vivido como pregadora, mas passou seus últimos anos em isolamento, numa caverna nas montanhas de Saint-Baume. 

Outras versões sugerem que ela teria seguido para Éfeso com João Evangelista ou que teria falecido na Via Aurélia, em Saint-Maximin.

As relíquias e a reconstrução facial

Desde a Idade Média, surgiram rumores de que os restos mortais de Maria Madalena repousavam no sul da França. 

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Em 1279, um crânio atribuído a ela foi descoberto na cripta da Basílica de Saint-Maximin-la-Sainte-Baume. Além do crânio, a igreja guarda o 'noli me tangere', um pedaço de carne e pele da testa da seguidora de Jesus.

Análises conduzidas em 1974 indicaram que o crânio pertenceu a uma mulher que viveu no século I e morreu por volta dos 50 anos. 

A ossada revelou cabelos castanhos escuros e uma origem mediterrânea, mas não há evidências definitivas de que tenha pertencido a Maria Madalena.

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Mais recentemente, o bioantropólogo Philippe Charlier e o artista forense Philippe Froesch utilizaram tecnologia de reconstrução facial para recriar o rosto da mulher a quem o crânio pertenceu. 

O estudo, baseado em mais de 500 imagens tridimensionais, revelou uma mulher de rosto arredondado, nariz pontudo e maçãs do rosto pronunciadas. 

Apesar de a autenticidade da relíquia permanecer incerta, o projeto trouxe um rosto para uma das figuras mais enigmáticas do cristianismo.

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Outras relíquias atribuídas a Maria Madalena

Além do crânio, outras partes do corpo de Maria Madalena foram identificadas em diferentes locais. 
Um osso do pé, supostamente o primeiro a entrar no túmulo de Jesus após a ressurreição, é preservado na Basílica de San Giovanni dei Fiorentini, na Itália. 

No Mosteiro Simonopetra, no Monte Atos, acredita-se que sua mão esquerda seja uma relíquia incorruptível, emitindo um aroma peculiar e sendo associada a milagres.

Até mesmo um dente, que se acredita ter pertencido à discípula, encontra-se exposto no Museu Metropolitano de Arte, em Nova York.

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Mistério e devoção

Apesar das dúvidas que cercam as relíquias e a própria história de Maria Madalena, sua importância nas histórias cristãs permanece incontestável. 

A seguidora de Jesus transcendeu as controvérsias e se consolidou como um símbolo de fé, sendo venerada por fiéis ao redor do mundo. 

O debate sobre sua verdadeira identidade e o paradeiro de seus restos mortais, no entanto, continua tão vivo quanto há séculos.

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