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Conheça a história da faculdade que mudou o ensino da população paulistana e formou nomes que entraram para a história do Brasil. | Reprodução/Faculdade de Direito da USP
Fundada em 1827, a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, é um dos pilares da formação jurídica e política do Brasil.
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Criada pouco após a Independência do País, tinha como missão capacitar governantes e administradores públicos para estruturar a nova nação.
Desde então, a instituição se consolidou como referência na formação de juristas, políticos e intelectuais que moldaram a história do Brasil.
Ao longo dos séculos, a Faculdade teve papel fundamental em diversos momentos históricos do país.
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Do Abolicionismo à Proclamação da República, do Movimento Constitucionalista de 1932 às Diretas Já, a instituição esteve presente por meio de seus alunos e professores.
Personalidades como Joaquim Nabuco, Prudente de Moraes, Ulysses Guimarães e André Franco Montoro passaram por suas salas e contribuíram significativamente para o desenvolvimento do Estado democrático de direito brasileiro.
A ligação da Faculdade com a política vai além da atuação de seus ex-alunos. Foi no Largo de São Francisco que surgiram importantes movimentos de imprensa e debate público.
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Um exemplo marcante é a fundação do jornal "A Província de São Paulo", que daria mais tarde origem ao "O Estado de S. Paulo", consolidando o papel da instituição na difusão de ideias e no fortalecimento da democracia.
Além disso, um dos alunos que passou pelas salas de aulas da faculdade e que futuramente seria um grande jornalista foi o Cásper Líbero.
A atual sede da Faculdade foi construída na década de 1930, substituindo o antigo convento que abrigava a instituição desde sua fundação.
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O projeto, concebido pelo arquiteto Ricardo Severo, adotou o estilo neocolonial, combinando modernidade com referências ao barroco luso-brasileiro.
O edifício conta com amplos espaços de circulação, ornamentações barrocas e vitrais produzidos pela Casa Conrado Sorgenicht.
Além disso, abriga um dos acervos históricos mais importantes do país, incluindo uma biblioteca que remonta a 1825, sendo a primeira pública da cidade de São Paulo.
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Mesmo após diversas reformas, alguns elementos históricos foram preservados, como as icônicas Arcadas e o túmulo de Julius Frank, professor alemão que influenciou gerações de estudantes.
Em 2002, a construção foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), reconhecendo sua importância arquitetônica e cultural.
Mais do que um centro de ensino, a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco é um símbolo da evolução política e social do Brasil.
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Sua trajetória está intimamente ligada aos principais momentos da história nacional, e seu compromisso com a formação de profissionais qualificados e engajados permanece vivo.
Conhecida como "Velha e Sempre Nova Academia", continua sendo um espaço de pensamento crítico, inovação e defesa dos valores democráticos que moldam o País.
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