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Fazenda tem 332 mil metros quadrados e prédios do século 19 | Divulgação/Prefeitura de Jaguariúna
O estado de São Paulo foi o maior produtor de café do Brasil no período em que este era o principal produto de exportação do País, entre o século 19 e início do século 20.
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Eram centenas de fazendas gigantes em diferentes regiões do estado, administrada pelos antigos barões do café e tocado por trabalhadores, primeiramente negros escravizados, e depois imigrantes.
Cidades como Campinas ainda preservam fazendas históricas para visitação. Outras propriedades continuam privadas e abrigam estabelecimentos comerciais, como o hotel fazenda de Itatiba.
Há outro município da Região Metropolitana de Campinas que também transformou uma antiga fazenda em ponto histórico de visitação: Jaguariúna, a 125km de São Paulo.
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É a prefeitura que hoje administra a histórica Fazenda da Barra, a 4,5km do Centro. A história do local começa no século 19.
Após a divisão de uma antiga sesmaria, quem assume a fazenda é José Guedes de Souza, o Barão de Pirapitingui. É do seu período a maior parte das construções.
Foi também nesta época que o Barão recebeu o então imperador Dom Pedro II e princesa Isabel quando foram ao município inaugurar o segundo trecho de ferrovia da Companhia Mogiana, entre Jaguary (hoje Jaguariúna) a Mogi-Mirim.
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A Fazenda da Barra tem 332 mil metros quadrados e tem como atração principal o casarão histórico, que possui 25 cômodos.
Estão preservados no local os lavatórios de porcelana pintados em azul ou rosa, trazidos de Paris. Assim como a mobília entalhada da Europa e os móveis de Cana da Índia.
No lado de fora há um grande aqueduto com amarração em pedras, construído por tijolos, cal, areia, barro e sistema de vedação. Ele canalizava as águas do Ribeirão Camanducaia-Mirim que servia a sede.
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Muito procurada também é a capela de Santa Isabel, padroeira da fazenda. Segundo registros históricos, o prédio atual é de 1939, construído por Joaquim Machado de Souza, e erguido no lugar da primeira capela.
Há ainda o antigo paiol, os galpões e o terreiro de café que foi a principal atividade econômica da fazenda na maior parte de sua história, após curto período de produção de cana-de-açúcar e algodão.
Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, entre forças paulistas e federais, comandadas pelo governo Getúlio Vargas, a fazenda foi ocupada por tropas federalistas vindas de Minas Gerais.
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Os mineiros usaram a Fazenda da Barra como ponto de concentração e apoio logístico para os combates na região de Campinas.
Segundo artigo da Casa de Memória de Jaguariúna sobre a fazenda, durante a Revolução, as tropas federalistas chegaram a grafitar nas paredes da sede a frase: “Minas há de abater o orgulho de São Paulo.”
Na época, o local pertencia à viúva Siomara Penteado Guedes que negociava a propriedade com o fazendeiro Joaquim Machado de Souza, de Ribeirão Preto.
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Algumas décadas depois, pequenos lotes foram desmembrados. A Prefeitura de Jaguariúna adquiriu os 332 mil metros quadrados atuais em 2008.
Endereço: rua Maranhão, n.º 600, no bairro Guedes, em Jaguariúna (SP)
Horário de visitação: de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
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