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Estudo mostra como fazer muitas coisas ao mesmo tempo afeta a produtividade

Pesquisa afirma que o cérebro não consegue aguentar a quantidade de informações

Gabriela Barbosa

29/07/2025 às 05:35

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Quando você faz várias coisas ao mesmo tempo, nada fica bom

Quando você faz várias coisas ao mesmo tempo, nada fica bom | Freepik

Você já tentou assistir a uma série, responder mensagens e ainda comer algo ao mesmo tempo? No trabalho, a situação se repete: reuniões, prazos apertados e notificações disputando sua concentração. Apesar da crença popular, fazer várias coisas simultaneamente reduz sua eficiência – e a ciência comprova isso.

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Quando tentamos fazer várias atividades ao mesmo tempo, o cérebro não consegue processar tudo corretamente
Quando tentamos fazer várias atividades ao mesmo tempo, o cérebro não consegue processar tudo corretamente
O multitasking aumenta os níveis de cortisol, o hormônio do estresse
O multitasking aumenta os níveis de cortisol, o hormônio do estresse
Se concentrar em uma atividade melhora a produtividade (Fotos: Freepik)
Se concentrar em uma atividade melhora a produtividade (Fotos: Freepik)

Um estudo de 2023 publicado no Journal of Experimental Psychology revelou que o cérebro humano sofre com interrupções constantes. Participantes expostos a multitarefas intensas apresentaram níveis elevados de cortisol, o hormônio do estresse. A solução? Monotasking, a prática de dedicar atenção plena a uma única atividade.

"Monotasking é como uma musculatura que precisa ser retreinada", explica Thatcher Wine, em seu livro The Twelve Monotasks. Com a rotina digital, perdemos a habilidade natural de focar, mas é possível recuperá-la com exercícios simples.

Os benefícios surpreendentes do monotasking

Reduzir o estresse e melhorar a qualidade do trabalho são só o começo. Quem adota o monotasking relata memória mais afiada, criatividade elevada e até relacionamentos mais profundos. 

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Em uma pesquisa com 2 mil pessoas, 63% admitiram trabalhar durante as férias, um hábito que desgasta a saúde mental. O segredo está em como nosso cérebro processa informações. "Multitarefas criam uma névoa mental", diz Wine. 

Quando focamos em uma atividade, como comer sem olhar o celular ou caminhar sem podcasts, damos ao sistema nervoso a chance de se recompor. O resultado? Mais clareza e menos ansiedade.

Como praticar monotasking no dia a dia

Comece com atividades corriqueiras:

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  • Caminhe sem distrações: reserve 10 minutos para andar sem telefone ou música. Observe a paisagem, sinta o ritmo da respiração. No início, a sensação de tédio é normal – é sinal de que seu cérebro está se adaptando.
  • Coma com atenção plena: deixe o celular de lado e saboreie cada garfada. Mastigue devagar, percebendo texturas e aromas. Essa prática melhora a digestão e reduz a compulsão por alimentos.
  • Observe detalhes: dedique 15 minutos a contemplar um quadro, nuvens ou o movimento das folhas em uma árvore. Treinar o foco em elementos simples fortalece a concentração para desafios complexos.

Por que seu cérebro prefere o monotasking

Crianças são especialistas em monotasking – brincam absorvidas em um único universo. Com o tempo, perdemos essa capacidade, mas ela pode ser resgatada. Técnicas como o método Pomodoro (25 minutos de foco + 5 de descanso) ajudam a recondicionar a mente.

"Fazer menos é, paradoxalmente, produzir mais", afirma Wine. Ao direcionar energia com intenção, tarefas que antes pareciam árduas tornam-se fluídas

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