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Em julho deste ano, Bolsonaro teria afrontado decisões do STF ao exibir a tornozeleira | Pedro Ladeira/Folhapress
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente neste sábado (22/11) em Brasília por medida cautelar.
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Entre os motivos indicados na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) está o fato de que ele teria tentado romper a tornozeleira eletrônica que usava.
A medida não tem relação com a condenação do ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes.
Segundo Moraes, Bolsonaro pretendia fugir durante a vigília convocada no dia anterior (21/11) pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que se justificava “pela saúde de Bolsonaro e pela liberdade no Brasil”.
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O ministro destacou ainda que o condomínio onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar fica a cerca de 13 quilômetros do Setor de Embaixadas Sul, em Brasília, distância que, segundo ele, pode ser percorrida em menos de 15 minutos de carro.
Moraes afirmou também que, em outra oportunidade, Bolsonaro teria planejado uma fuga para a Embaixada da Argentina, com a intenção de pedir asilo.
Bolsonaro foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde passou por exames. A prisão preventiva não tem prazo para terminar.
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A defesa de Bolsonaro solicitou a Moraes prisão domiciliar humanitária, destacando que seu quadro de saúde debilitado exige cuidados médicos intensivos impossíveis de serem garantidos em um presídio comum.
Bolsonaro e os outros ex-integrantes do seu governo foram condenados por cinco crimes relacionados a um plano de golpe de Estado para impedir Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de assumir o poder após as eleições de 2022.
Entre os condenados, estão três generais do Exército - Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil) - e Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha.
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Também eram réus Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que fez uma delação premiada que embasa parte da acusação.
O ministro Alexandre de Moraes considerou a idade de Bolsonaro para atenuar parte da pena. O ex-mandatário tem 70 anos e, devido aos quatro votos da Primeira Turma, não tem direito a recurso.
A defesa do líder conservador pediu há pouco tempo a concessão de prisão domiciliar humanitária para o ex-presidente cumprir sua pena em casa.
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Advogados citaram problemas de saúde e a idade. Bolsonaro tem 70 anos. A defesa pede que a condenação em regime fechado seja substituída pela prisão domiciliar, com a justificativa que a eventual ida do ex-presidente para um presídio "terá graves consequências" e representa risco à sua vida.
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