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Cotidiano

Presidente usa camisa de time italiano que tem ligações com o fascismo

Na imagem publicada por Frias, Bolsonaro aparece com a camisa da Lazio enquanto assiste ao jogo do Botafogo e Internacional

Maria Eduarda Guimarães

20/06/2022 às 16:43  atualizado em 20/06/2022 às 16:54

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Bolsonaro com a camisa do Lazio e Mario Frias

Bolsonaro com a camisa do Lazio e Mario Frias | Reprodução Instagram/@Bolsonarosp

Mario Frias, ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro, publicou uma foto ao lado do presidente Jair Bolsonaro assistindo à vitória histórica do Botafogo por 3 a 2 contra o Internacional, neste domingo (19), pelo Campeonato Brasileiro.

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Apesar de parecer algo comum, um detalhe chamou a atenção de muitos usuários das redes sociais: a camisa da Lazio ostentada pelo presidente da República.

O time italiano carrega a fama de ser o clube de futebol mais fascista do mundo.

Entre alguns posicionamentos dos torcedores da Lazio estão cantos racistas contra torcedores negros, críticas à diretoria por contratar jogadores de origem judia, proibição de presença feminina nos degraus de arquibancada mais próximas ao gramado e idolatria por um jogador que comemorou uma vitória fazendo um gesto eternizado pelo principal ditador da história da Itália.

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Os ultras, apoiadores mais radicais do clube, e que realmente possuem envolvimento com grupos de extrema-direita, veneram aquele que consideram ser o torcedor mais ilustre do clube: Benito Mussolini.

Curiosamente, o pai do fascismo e comandante da Itália entre 1922 e 1943 não era tão fanático assim pela Lazio. Ele era tão torcedor do clube quanto do Bologna, da Roma (que, inclusive, ajudou a fundar) e de que qualquer outro time que lhe ajudou a utilizar o futebol como instrumento de propaganda do regime.

Mas nenhuma equipe abraçou tanto (e por tanto tempo) as ideias do ditador quanto a Lazio. Resultado: Mussolini virou sócio da equipe e passou a frequentar os jogos do clube, que só seria campeão nacional pela primeira vez em 1974, quase 30 anos após sua morte.

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E o maior episódio dessa idolatria aconteceu já neste século. Em 2005, após uma vitória sobre a Roma, o ex-atacante Paolo di Canio, que sempre se declarou um admirador das ideias do ditador, festejou a vitória fazendo o "Saluto Romano", gesto tradicional adotado pelos fascistas em sinal de respeito ao "Duce".

O nome de Mussolini também aparece com alguma frequência em faixas exibidas pelos ultras da Lazio, torcedores que já foram punidos por usarem fotos de Anne Frank (criança judia que foi morta pelos nazistas e deixou um diário que se tornou best-seller global) para provocar a arquirrival Roma e incontáveis cânticos racistas.

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