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Corinthians estaria caminhando para a falência?

Empresário diz que Timão teria cometido sete 'pecados capitais' que colocam futuro do clube em risco

Leonardo Sandre

16/09/2024 às 13:15  atualizado em 17/09/2024 às 11:29

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Contratação de Memphis Depay é tentativa do Corinthians de se salvar da crise

Contratação de Memphis Depay é tentativa do Corinthians de se salvar da crise | José Manoel Idalgo/Agência Corinthians

A crise no Corinthians assusta muitos torcedores há alguns anos. Em 2024, o Timão passou apuros por quase todo o Campeonato Brasileiro e ocupa um lugar na zona de rebaixamento.

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Na tentativa de espantar má fase e voltar a vencer no torneio, a diretoria investiu pesado e trouxe o atacante holandês Memphis Depay, além do ponta peruano André Carillo. Porém, do ponto de vista de um empresário, a conta pode não fechar. Saiba mais.

Dívida do Corinthians pode levar clube à falência?

Em junho de 2024, a dívida do Corinthians atingiu a marca de R$ 2,310 bilhões, segundo balanço divulgado pelo próprio clube.

Memphis Depay fechou contrato válido até junho de 2026 e terá um salário próximo da casa dos R$ 3 milhões mensais, com o valor total da operação estimado em mais de R$70 milhões. Maior parte do valor, contudo, deve ser pagar pela casa de apostas Esportes da Sorte, patrocinadora máster do clube.

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O empresário Urandir Fernandes de Oliveira, CEO de um banco digital BDM Bank, analisou a situação financeira do time paulista. Segundo ele, o clube enfrenta uma série de desafios que, se não forem corrigidos rapidamente, poderão levar a uma crise financeira sem precedentes. 

Os sete problemas financeiros mais graves do Corinthians

Os sete fatores apontados como principais para o agravamento da crise, segundo Urandir são:

1. Dívida total em ascensão

A dívida do Corinthians teve um aumento significativo em relação a 2023. Esse montante inclui R$1,6 bilhão de passivo do clube e R$710 milhões referente ao financiamento da Neo Química Arena.

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2. Déficit operacional

No primeiro semestre de 2024, o clube teve um déficit (prejuízo) de R$ 30,3 milhões, quando a previsão orçamentária era de ter um superávit (lucro) de R$ 15 milhões. Esse rombo nas contas piorou a situação financeira.

3. Receitas menores do que esperado

O Corinthians planejava arrecadar R$ 125 milhões em patrocínios, mas embolsou apenas R$105,3 milhões, R$19,7 milhões a menos do que o esperado. A queda nas receitas de bilheteria e direitos de transmissão também contribuíram para o agravamento da situação.

4. A dívida da arena

O financiamento da Neo Química Arena com a Caixa Econômica Federal permanece como um dos principais pontos de preocupação da diretoria, totalizando em R$ 710 milhões.

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5. Despesas elevadas

O Corinthians teve R$ 96,3 milhões em despesas financeiras no primeiro semestre de 2024, englobando multas contratuais com patrocinadores e jogadores, além de juros sobre as dívidas.

6. Folha salarial incompatível com a realidade

Segundo Urandir, o clube paulista segue com uma folha salarial alta, que consome uma grande parcela das receitas operacionais. A política de contratações de jogadores caros e os altos salários têm pressionado ainda mais o orçamento.

7. Falta de planejamento

O especialista considera que a falta de um planejamento financeiro estratégico a longo prazo tem levado o clube a decisões imediatistas, sem a devida análise de seus impactos a médio e longo prazo. Segundo ele, isso tem dificultado a recuperação e a renegociação das dívidas.

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Para viabilizar a chegada de Depay, o Corinthians elaborou um plano financeiro audacioso que inclui a captação de recursos por meio de parcerias comerciais, renegociação de patrocínios e projeção de receitas futuras com vendas de jogadores.

A diretoria corintiana também aposta no impacto midiático da contratação, que deve impulsionar o marketing e gerar novas oportunidades de receita, tanto no Brasil quanto no exterior.

A assessoria do Corinthians foi procurada e a matéria será atualizada em caso de resposta do clube.

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*A análise da matéria foi feita plenamente pelo empresário especialista na área de finanças Urandir Fernandes de Oliveira e não contém a opinião do jornalista autor da reportagem ou da Gazeta.

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